Guiné-Bissau: Ataque à rádio Capital FM deixa cinco feridos
Cinco pessoas, entre jornalistas, técnicos e pessoal administrativo, ficaram com ferimentos na sequência do ataque ocorrido na segunda-feira, 07, às instalações da rádio Capital FM, na Guiné-Bissau. Os equipamentos também foram destruídos, a tiros.
Os feridos são três jornalistas, um técnico de apoio à emissão e um administrador da Leste FM, sucursal da Capital FM, em Gabu, no leste da Guiné-Bissau.
Segundo avançou a DW África, um grupo de homens armados, todos com a cara tapada, forçou a entrada no interior da rádio Capital FM, em Bissau, na manhã de segunda-feira, disparando vários tiros contra os equipamentos, segundo relatos dos funcionários.
A estação privada ficou completamente danificada, neste que foi o segundo ataque sofrido, desde 2020.
De acordo com o diretor, Lassana Cassamá, o primeiro ataque aconteceu a 26 de Julho de 2020, quando foi destruído praticamente todo o material.
“Até hoje estamos à espera para saber, junto das autoridades, quem foram os autores daquele ato”, disse ainda uma fonte da direção da estação.
Na altura, a Liga Guineense dos Direitos Humanos denunciou o ataque à rádio, considerada crítica do regime na Guiné-Bissau, como “um ataque à liberdade de imprensa”, levado a cabo por pessoas que “querem instalar a prepotência e o caos” no país.
O ataque, que acontece quase uma semana depois de uma tentativa de golpe de Estado no país, foi visto como um “acto isolado” e sem ligação com a tentativa de golpe de Estado, segundo garantiu o Ministério do Interior da Guiné-Bissau.
“As pessoas invadiram a rádio Capital FM, fizeram alguns disparos, com danos materiais e fugiram. Neste momento estamos a investigar a situação juntamente com a Polícia Judiciária”, disse o porta-voz do Ministério, Salvador Soares.