Sociedade civil junta-se aos jornalistas
Através de representações sindicais e movimentos civis, na Praia e no Mindelo, a sociedade civil também se fez ouvir, em protesto contra o cerceamento da liberdade de imprensa.
“Liberdade não rima com censura”, disse o presidente do Sindicato da Indústria, Serviços, Comércio, Agricultura e Pesca (SISCAP), Eliseu Tavares, que participou na manifestação na Cidade da Praia.
Da mesma forma, ainda na Praia, o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINDEP), Jorge Cardoso, marcou presença na manifestação, em prol, segundo disse, de uma imprensa livre e contra uma tentativa injusta de silenciar a imprensa nacional.
Em São Vicente, a sociedade civil fez-se ouvir através de três movimentos cívicos: Sokols 2017, Movimento para o Desenvolvimento de São Vicente (MDSV) e Movimento a Favor do Sossego (MFS), que se mostraram solidários com os jornalistas.
Através da porta-voz, Antónia Mosso, alertaram para os perigos que os recentes “atentados” representam para a democracia e para a liberdade de imprensa, tendo presente que “uma comunicação social forte, que investigue, isenta e livre é o pulmão por onde respira a Democracia e a verdade”.
Um apelo foi lançado à população, em geral, para se manter atenta e acompanhar o que se passa no país.
Citando a Constituição da República, designadamente os artigos 48º e 60º, que garantem a liberdade de informar e ser informado e que assegura a liberdade e a independência dos meios de comunicação Social, Antónia Mosso referiu que “não existe democracia sem liberdade”, assim como, prosseguiu, “não existe uma população esclarecida e informada” se não houver uma comunicação social capaz de, em liberdade, desempenhar a sua tarefa.
“Uma comunicação social forte, que investigue, isenta e livre é o pulmão por onde respira a democracia e a verdade, e ninguém nos pode vedar o acesso à verdade e ao conhecimento, sob pena de vermos os nossos direitos e liberdades asfixiados”, sintetizou.