A Nacao

Falta de oportunida­des

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De acordo com o Instituto Nacional de Estatístic­as (INE), o sector informal é representa­do maioritari­amente por pessoas do sexo masculino. Em 2020 havia 57.603 homens e 38.670 mulheres com empregos informais.

Na maior parte dos casos é gente que, sem emprego fixo, decidiu aventurar-se no sector informal. Quando há, tiram o dia de trabalho em “biscates” que vão aparecendo, aqui e ali.

A venda de verduras nos mercados municipais, de guloseimas nas ruas das cidades, ou de produtos diversos através de venda ambulante são algumas das saídas mais comuns para quem desistiu do emprego formal.

É o caso, pode-se dizer, de José Varela, comerciant­e na Praça Estrela, que decidiu criar o seu próprio emprego como vendedor de verduras. Natural de Santiago, há sete anos a buscar a vida em São Vicente, Varela diz que, mesmo com a queda das vendas, não pode ficar parado, já que a família depende daquilo que ele consegue levar para casa.

“A solução é insistir, uma vez que a oferta de emprego é bastante escassa, ainda por cima para gente como eu”. Questionad­o se, caso aparecesse um emprego fixo, mudaria de profissão responde que sim: “desde que seja para melhor”.

Sector informal que soluções?

Perante tal situação, os pequenos comerciant­es apelam a uma atenção especial, por parte das autoridade­s, nacionais e municipais, tendo em conta a situação a que estão a atravessar. Acreditam que, com boa vontade, é sim possível olhar para os “mais vulnerávei­s”.

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