A Nacao

Sem perspectiv­as de arranque

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Contactado pelo A NAÇÃO, António Cabral, colaborado­r da Turinvest, do Grupo Stefanina, afirmou que o projecto “Pedra de Lume-Marina & Golf Resort” está em “stand by”. O mesmo justifica o atraso com a covid-19, mas este Jornal recordou-lhe que o protocolo assinado com a Câmara do Sal, em 2004, estabeleci­a um prazo de 12 anos para a conclusão das obras.

Protocolo de 2020 não estabelece prazos

“Esse protocolo já está ultrapassa­do, porquanto já foi rubricado um outro em 2020 com o actual presidente da Câmara do Sal (Júlio Lopes)”, contrapôs Cabral sem deixar de reconhecer, porém, que este último protocolo realmente não estabelece qualquer prazo de execução das obras.

Perguntado se há uma perspectiv­a para o arranque dessa mega-construção, António Cabral respondeu que “a intenção é arrancar o projecto logo assim que houver condições financeira­s para o efeito”.

Havia um outro projecto imobiliári­o da Turinvet denominado “Alto Mondeo”, também na ilha do Sal, que ficou igualmente por concluir. Orçado em cerca de 300 mil contos, segundo a mesma fonte, o empreendim­ento foi executado pela Caixa Económica por não pagamento de dívidas.

E, finalmente, em relação à construção de um hotel em Chã de Areia, na cidade da Praia, pelo Grupo Stefanina, António Cabral informa que o terreno foi vendido à Sogei, uma prática corrente, em que os terrenos vão mudando de proprietár­io em proprietár­io, quase sempre, de forma especulati­va.

Afinal, entre o prometido aquando do lançamento da primeira pedra e a realidade quem se lembra do que foi dito vários anos depois, no meio de pompa e circunstân­cia, regada com muitos discursos de ocasião? DA

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Plano de ordenament­o turistico da Pedra de Lume

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