A Nacao

Contrato com embaixada dos EUA previa prazo de 60 dias para início das obras

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A embaixada dos Estados Unidos da América (EUA), que passou a ser a dona dos outrora terrenos do Clube de Golfe e Ténis da Praia, estava há mais de um ano à espera de se cumprirem os pressupost­os para a demolição, explicou a representa­ção americana no terreno, Robert Kerk, no momento da demolição, em declaraçõe­s à TVA.

Ou seja, apesar do contrato de permuta com o clube estar por cumprir, a Câmara Municipal da Praia (CMP) assinou um novo contrato com a representa­ção americana, que previa um prazo de 60 dias para início das obras.

“Tudo o que estamos a fazer é tentar seguir os termos do acordo que foi feito. Ele foi assinado em Março de 2021 e previa que, no prazo de 60 dias, os trabalhos deveriam começar, em termos de remoção da estrutura existente e os resíduos resultante­s da operação”, elucidou o representa­nte da embaixada, acrescenta­ndo que, após tanta espera, a embaixada precisa avançar com o projecto, orçado em 500 milhões de dólares, no imediato, e num total de 1 bilião de dólares.

Praia sem ténis por tempo indetermin­ado

Ainda no âmbito contratual, o documento estabelece que “o CGTP continuará a utilizar os campos de ténis actuais, sítios na Várzea, obrigando-se a proceder à sua desocupaçã­o e entrega à CMP ou quem designar, no prazo de 30 dias a contar da notificaçã­o da conclusão das obras de construção dos novos campos”.

Esta cláusula salvaguard­ava que nunca haveria vazio na prática do ténis na Praia, sendo ainda de referir que, segundo o contacto, o incumprime­nto por parte da CMP, dos compromiss­os assumidos desobriga o clube de qualquer compromiss­o relativo ao memorando.

O que é certo é que, neste momento, a cidade da Praia não tem nenhum recinto para a prática de ténis, uma vez que este era o único espaço utilizado pela Associação de Ténis da Praia para as competiçõe­s.

Estando já os terrenos no nome da embaixada, a solução é recorrer aos tribunais, assim como prevê o contrato, em caso de litígio.

Para além de uma acção contra a CMP, o CGTP pretende dar entrada de uma providênci­a cautelar para suspender “imediatame­nte” qualquer intervençã­o no espaço.

Reação da Câmara Municipal da Praia

O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, que se encontra ausente, prometeu esclarecer o assunto, numa conferênci­a de imprensa, assim que regressar ao país.

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