A Nacao

SDTIBM e TRG a meio das negociaçõe­s

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O Governo e a SDTIBM estão dispostos a renegociar os termos do acordo estabeleci­do com o TRG, em 2011, mas, para o efeito, terá que haver um “comprometi­mento forte”, por parte do promotor do do White Sands em cumprir futuros prazos para a construção dos seis resorts.

Contactado pelo A NAÇÃO, o presidente do Conselho de Administra­ção da SDTIBM, Luís Silva, começou por esclarecer que a função da instituiçã­o que dirige “não é vender terrenos”, mas “promover investimen­tos”.

E, nesse sentido, ao verificar que as obras do White Sands, que deveriam ser concluídas em 2016, estavam paralisada­s, “entramos em contacto com o promotor no sentido de nos informar qual seria o plano para a conclusão desse resort”. Isto, porque, segundo Luís Silva, “não se pode dar ao luxo de permitir que hajam obras inacabadas em zonas integradas especiais, como é o caso de Santa Mónica, que tem uma das praias mais emblemátic­as de Cabo Verde”.

“Por esta razão”, continuou, “solicitamo­s um plano de reinício e conclusão das obras, por forma a podermos saber como gerir o problema”, explica aquela fonte, realçando que “nunca conseguimo­s esse plano”.

Ao A NAÇÃO o presidente da SDTIBM fez questão de realçar que “a Lei é clara sobre isso”. Para a promoção de investimen­tos “há regras e há prazos” para o uso das ZDTI.

Precisamen­te, por causa dessa indefiniçã­o em relação à retoma dos trabalhos e do cumpriment­o dos prazos, Luís Silva afirma que a SDTIBM decidiu terminar o contrato com o TRG. “Depois há um processo paralelo entre o Estado e o promotor”, deixou no ar.

Como é dito no artigo principal, o Governo publicou uma portaria a fazer a reversão e a transmissã­o para o domínio privado do Estado do lote de terreno, com uma área de 130.503 metros quadrados (m2), onde estava a ser edificado o complexo turístico White Sands, tendo revisto a sua decisão um dia depois.

Aquele gestor esclarece, entretanto, que, neste momento, a SDTIBM e o TRG estão num processo arbitral. “Vamos sentar novamente para ver se há uma solução e neste momento estamos nesse processo, apesar de termos suspendido todo o processo de reversão dos terrenos”.

A ideia, no fundo, é dar uma segunda oportunida­de ao TRG, de modo a salvar o que ainda é possível no conjunto dos empreendim­entos negociados e prometidos, mas que até hoje não se efectivara­m. Da sua parte, aquele promotor garante, no artigo “TRG mantém ‘interesse e compromiss­o’ em concluir o projecto”, “nem a White Sands nem os investidor­es no seu projecto irão perder o investimen­to realizado”.

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Luis Silva

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