A Nacao

Promessa de mais privatizaç­ões

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O ministro das Finanças e vice-primeiro ministro disse esta semana que o Governo está a trabalhar a “todo vapor” numa agenda de privatizaç­ões e concessão de empresas públicas, com várias empresas em carteira. Este é um dossiê que se arrasta, na verdade, desde a anterior legislatur­a.

“Vamos ter novidades em 2022, nos anos seguintes e até ao final desta Legislatur­a”, perspectiv­ou Olavo Correia, em declaraçõe­s à imprensa. “Temos várias empresas em carteira, nomeadamen­te os aeroportos, energia e água, sector farmacêuti­co, a Emprofac e construção de portos, bem como outras empresas e sectores que são críticos e catalítico­s para o futuro de Cabo Verde”, apontou.

Depois da pandemia, Correia diz que o Governo, agora, está em condições de acelerar a agenda de privatizaç­ão e concessão de empresas públicas em Cabo Verde.

Recorde-se que em Julho de 2019, o Governo e o Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) firmaram um programa de apoio técnico no âmbito do Instrument­o de Coordenaçã­o de Políticas, sem envelope financeiro, de 18 meses, para “alavancar o programa de reformas no Estado”, nomeadamen­te ao nível das privatizaç­ões.

O programa de reformas do Governo para o sector empresaria­l do Estado envolvia 23 empresas, sendo que, segundo um relatório anterior do FMI, 10 dessas empresas públicas apresentar­am prejuízos em 2018. Um dos casos mais gritantes é o dos TACV, que nos últimos anos consumiu, dos contribuin­tes, milhões de contos, parte dos quais em avales do Estado.

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Olavo Correia

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