Yuran Henrique mostra “Estação das Águas” no Mindelo
O artista plástico Yuran Henrique apresenta ao público mindelense o seu mais recente trabalho, “Estação das Águas”, patente no Centro Cultural do Mindelo a partir desta quinta-feira,14.
Formada por vários quadros, a “Estação das águas”, segundo a organização, traduz-se numa série de representações feitas a partir de um diálogo plural e agitado, cujos entendimentos estão sempre em transformação, através de múltiplos fluxos de consciência.
“Com efeito, torna-se possível questionar a forma como distribuímos nossos afetos, reconfigurando nossas sensibilidades para com o que nos cerca e promovendo possibilidades de interação social”, diz a nota sobre a exposição.
“Estação das águas” representa também análises das narrativas coloniais e a desconstrução da divisão moderna entre natureza e a cultura, sendo que “os elementos do mundo que vivemos hoje aparecem na obra mais explicitamente, permitindo-nos emergir e calibrar a nossa biodiversidade, que envolve camadas de espaço e tempo, e ordens de representações da memória, avançando para novas dimensões contemplativas”.
Sobre o artista
Natural de São Vicente, residente na Praia desde 2014, Yuran Henrique revelou, muito cedo, o seu interesse pela pintura, a ilustração e as artes urbanas, gostos estes que se estendem à dramaturgia.
Em 2016 integrou um colectivo de artistas plásticos, na mostra de “Artes visuais – Cabo Verde Contemporâneo 2016” e, no mesmo ano, realizou a sua primeira exposição individual, “Artérias do tempo”.
Em Abril de 2017 inaugurou a exposição “Reversos” no Palácio de Cultural Ildo Lobo, e em Julho do mesmo ano, participou na Bienal de Cerveira, Portugal, para Jovens Criadores da CPLP.
Também em 2017, em Novembro, realizou uma nova amostra de pintura, intitulada
“Mitografias”, durante o festival de teatro “Mindelact”.
A convite da Embaixada da Espanha Yuri Henrique realizou uma residência artística no Centro Atlântico de Arte Moderno, nas Canárias, da qual resultaram 11 novas telas reunidas na exibição “Calendário”, expostas entre Maio e Julho de 2018, no mesmo museu.
Em Maio daquele mesmo ano, participou ainda em residência artística do projecto INCLASIFICABLE, em Cazalla de la Sierra, Espanha, onde nasceu “Espacios Indiscretos” com 10 obras.