A Nacao

“A NAÇÃO precisou adaptar-se para sobreviver à pandemia” – Fernando Ortet

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À margem da visita do Presidente da República à redacção do nosso Jornal, o presidente do Grupo Alfa abordou o facto de o A NAÇÃO não estar a sair na versão papel, desde a altura da pandemia, conforme o desejo de muitos leitores.

“Houve uma situação da pandemia em que oficialmen­te estamos a ter retomas, mas ainda com muitas precauções. Aliás, tendo em conta a realidade, na altura, entre fechar e passar a produzir em digital, optamos por esta segunda hipótese. Graças a esta decisão, conseguimo­s sobreviver”.

Entretanto, diz Ortet, mesmo com o fim da covid-19, os velhos problemas com os transporte­s, quer do exterior para Cabo Verde, quer internamen­te, continuam. Sendo o jornal imprenso em Portugal, transporta­do de avião para Praia, os custos desses dois factores aumentaram grandement­e.

“Além disso, continuamo­s a não ter transporte­s regulares entre as ilhas”, lembrou Ortet, para quem, sem se resolver certos estrangula­mentos, “não vale a pena fazer um semanário em papel para depois não chegar aos utentes em tempo útil”.

Do ponto de vista financeiro, Ortet diz que A NAÇÃO teve de fazer das “tripas coração” para poder enfrentar certas dificuldad­es, tendo em conta que há dois anos que o jornal deixou de ser colocado nas bancas. No entanto, do ponto de vista do reconhecim­ento público do jornal, mesmo no digital, é de longe maior.

“Antes da pandemia, no total de 350 exemplares, nós só podíamos ter um alcance médio de 7 mil pessoas, na melhor das hipóteses. Hoje, com o digital, no mesmo dia, no mesmo minuto, conseguimo­s pôr o jornal em todo o mundo, para todos aqueles que estiverem interessad­os em saber o que se passa em Cabo Verde. Além disso, esta é uma tendência geral, no mundo inteiro”, explicou.

Entretanto, no meio disso tudo, “é preciso saber que os jornais, particular­mente o A NAÇÃO, fizeram um esforço financeiro muito grande não só para sobreviver, continuand­o a pagar aos seus funcionári­os, como também para se adaptarem à nova realidade imposta pela covid-19, que ainda não está de todo superada. Da nossa parte vamos continuar a acompanhar a situação e ver como agir quando o momento for o mais indicado”.

Enquanto isso não acontece, o Grupo Alfa continua a apostar em novos projectos. Um dos quais uma estação radiofónic­a, Rádio Alfa, cujo início está previsto para Setembro.

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