Daniel Almeida reitera a importância da imprensa livre
Daniel Almeida, jornalista do A NAÇÃO, é o vencedor do Prémio Nacional de Jornalismo (PNJ), 2021, na categoria Imprensa Escrita, com a reportagem “Contrato secreto com os islandeses” na TACV, assunto polémico e controverso que fez correr muita tinta. Daniel Almeida, vencedor deste prémio pela terceira vez, reitera a importância do jornalismo livre. Aidé Carvalho (TCV - Televisão de Cabo Verde) e Benvindo Neves (RCV - Rádio de Cabo Vee) são outros dois vencdores, nomeadmante nas categorias de Televisão e Rádio, respectivamente.
AAssociação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) anunciou na segunda-feira, 25, na Praia, os vencedores do Prémio Nacional do Jornalismo, edição 2021, em que foram premiados os melhores trabalhos nas categorias de Imprensa Escrita, Rádio e Televisão.
“Contrato secreto com os islandeses”
Na Imprensa Escrita, o vencedor do PNJ 2021 é Daniel Almeida, com a artigo “Contrato secreto com os islandeses”, uma reportagem relativa ao dossiê TACV, assunto que fez correr muita tinta, tendo em conta o que acabou por ser a participação da Icelandair naquilo que deveria ser a reestruturação da transportadora aérea cabo-verdiana.
O júri destacou a “investigação profunda”, realizada por aquele nosso profissional, conforme avançou o presidente da AJOC, Geremias Furtado, no anúncio dos vencedores.
Menção honrosa para a jornalista Gisela Coelho
Ainda na categoria imprensa escrita, a mais concorrida com 11 trabalhos, a jornalista Gisela Coelho, também do A NAÇÃO, foi igualmente distinguida, no seu caso, com uma menção honrosa com a reportagem “Resgate dos 100 anos da história de Foto Mello”.
Aqui o júri disse ter apreciado “a forma leve e bem estruturada” da abordagem de um importante elemento da nossa História e Cultura, o acervo da outrora Foto Melo, no Mindelo, pouco conhecido dos cabo-verdianos, à espera de musealização.
Benvindo Neves vence na categoria Rádio
Na categoria de Rádio, a reportagem vencedora foi para “Castigados fora de jogo”, de Benvindo Neves, jornalista da Rádio de Cabo Verde (RCV), entendendo o júri que se trata “de uma reportagem que, de forma abrangente, se debruça sobre uma questão relevante à qual pouca gente esteve atenta”.
“Trata-se do impacto da covid-19 na vida dos jogadores, além da reportagem radiofónica ser um género importante, muito pouco explorado e valorizado em Cabo Verde”, referiu Geremias Furtado.
Ainda nesta categoria em que concorreram três trabalhos, o júri atribuiu uma menção honrosa à jornalista Ariana Vaz, também da RCV, com a reportagem “Saxofonista Totinho”, neste caso,
“pela sonoplastia e o valor testemunhal da reportagem”.
Aidê Carvalho vence na categoria Televisão
Aidê Carvalho, que actualmente desempenha as funções de assessoria na Presidência da República, venceu o PNJ 2021 na categoria Televisão, com o trabalho “O outro olhar”, uma reportagem produzida quando ainda desempenhava como jornalista da Televisão de Cabo Verde (TCV).
Aqui, de entre as nove reportagens submetidas a concurso, “o júri gostou da abordagem positiva e humanista do tema, da deficiência visual, completado pela carga informativa relevante” presente na peça.
Ainda nesta categoria, a menção honrosa foi para Filomena Alves Lima (TCV), com a reportagem “As dores da folia”, um trabalho em que o júri “apreciou a sensibilidade da jornalista por todo o processo da realização do Carnaval na cidade do Mindelo, onde o evento constitui-se como o maior produto cultural”.
Jornalistas da TIVER reconhecidas por trabalhos sociais
O Júri do PNJ 2021 destacou também os trabalhos das jornalistas Cyone Barbosa, Cleonice Baessa e Catarina de Pina, todas da TIVER, pelo ciclo de reportagens sociais que fizeram durante o ano de 2021.
Os vencedores de 2021 do PNJ serão reconhecidos na próximo terça-feira, 3 de Maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, em acto público na sede da AJOC, Platô (Cidade da Praia), às 17 horas.
Instituído em 2014, o PNJ é financiado pelo Governo no valor de 500 mil escudos para cada uma das três modalidades, visando galardoar os melhores trabalhos jornalísticos publicados nos órgãos de comunicação nacionais, regionais e locais, os quais são avaliados por um júri independente segundo os critérios de qualidade técnica, originalidade, criatividade e profundidade do tema abordado.
O júri desta edição do PNJ foi constituído por Geremias Furtado, líder da AJOC (por isso presidente por inerência), Marilene Pereira, jornalista e escritora, Wlodziemierz Jozef Szymaniak, docente universitário, Nardi Sousa, sociólogo e docente universitário e João Almeida Medina, jornalista e docente universitário.