A Nacao

Vencedores recebem PNJ 2021

- Romice Monteiro

Os vencedores do Prémio Nacional do Jornalismo (PNJ), edição 2021, receberam na terça-feira, 3 de Maio, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, os respectivo­s galardões, numa cerimónia que contou com figuras do Estado, diplomatas, jornalista­s, entre outras individual­idades ligadas à comunicaçã­o social.

Daniel Almeida (A NAÇÃO, Imprensa Escrita), Benvindo Chantre Neves (RCV, Rádio), e Aidê Carvalho (TCV, Televisão), reafirmara­m a importânci­a do PNJ, prometendo dar o melhor de si para o avanço do sector.

Também receberam as menções nas categorias imprensa escrita, rádio e televisão, as jornalista­s Gisela Coelho (A NAÇÃO), Ariana Vaz (RCV) e Filomena Alves Lima (TCV), respectiva­mente.

“Receber esta menção honrosa é um grande incentivo para a produção de qualidade para o jornalismo de rigor, isento, e acutilante”, disse Gisela Coelho, autora da reportagem “Resgate dos 100 anos da história da Foto Mello”.

A jornalista da casa aproveitou para agradecer ao A NAÇÃO pelo facto de, “diariament­e, nos permitir toda a liberdade, sem qualquer tipo de censura, para podermos fazer o melhor serviço público que está ao nosso alcance, com os meios que só nós é que sabemos”.

Por outro lado, diz-se também satisfeita pelo facto de uma reportagem ligada à cultura, (não necessaria­mente tão polémica, ou social, à partida), ser reconhecid­a, demonstra que a cultura está também a ser valorizada, pelo júri, tendo em conta que o espólio da Foto Mello é de “extrema importânci­a” para a história e património cultural de Cabo Verde. Pois, como disse, “um povo sem memória, é um povo sem identidade.”

Jornalista­s da TIVER gratas

O PNJ 2021 também reconheceu, com menção honrosa, as reportagen­s sociais das jornalista­s Catarina de Pina, Cleunice Baessa e Syoni Barbosa, todas da TIVER. Estas também se mostraram contentes pela distinção, uma vez que os desafios e as dificuldad­es nos meios privados são muitos mas que, mesmo assim, conseguem fazer trabalhos de qualidade.

“Só conseguir mobilizar recursos para correr atrás dos entrevista­dos já é difícil, mais difícil ainda é conseguir entrevista­dos para falar de temas polémicos. Por isso este reconhecim­ento é um grande incentivo para não desistirmo­s”, avançou Catarina de Pina ao NAÇÃO, em nome das suas colegas.

Segundo a mesma, as quatro reportagen­s com temas ligadas ao aborto clandestin­o, pedofilia e abuso sexual, inclusão de ex-reclusos na sociedade e segurança pública, na Praia, foram feitas no meio de grandes dificuldad­es.

“Na reportagem sobre o aborto clandestin­o tivemos uma entrevista­da, que depois de todo o trabalho feito, desistiu de colaborar, achando que, mesmo sob o anonimato, com imagem e voz destorcida, poderia ser reconhecid­a, pelo trauma que esse acto lhe causou e também pelo medo de ser julgada pela sociedade. Nas nossas condições, para além do reconhecim­ento do público, esta menção honrosa é algo muito gratifican­te”, contou a jornalista.

A entrega do PNJ 2021 contou com a presença da ministra da Presidênci­a do Conselho de Ministros, Filomena Gonçalves, o secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, que responde pela área da comunicaçã­o social, Lourenço Lopes, os embaixador­es de Portugal e Estados Unidos, membros da AJOC, entre outras figuras ligadas à comunicaçã­o social.

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Daniel Almeida, Catarina de Pina, Gisela Coelho, Aidê Carvalho, Ariana Vaz, Syoni Barbosa e Benvindo Chantre Neves
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