Luís Carvalho – Inforpress
Esta homenagem é um reconhecimento das várias etapas pelas quais passei enquanto jornalista. Sou do tempo da impressão a chumbo, época em que o jornal era feito a partir de linótipos. O jornalismo cabo-verdiano registou ganhos extraordinários e não se compara o antes e o agora. Tínhamos equipamentos bastante precários. O nosso computador era umas máquinas da telegrafia e o telex com aquele barulho que hoje não temos na redacção.
Já fizemos um longo percurso, mas ainda há muito coisa que melhorar, sobretudo no campo de mais e melhor liberdade de imprensa. Sabemos que infelizmente temos situações de autocensura. Ninguém deve ignorar isso sendo um facto. Temos autocensura praticada, sobretudo, por colegas que têm vínculos precários e, por isso, há sempre o medo que temos que trabalhar para vencer.