A Nacao

BCN comemora 25 anos de “sucesso e solidez”

- Romice Monteiro

O Banco Cabo-Verdiano de Negócios (BCN) comemorou na noite de sexta-feira, 6, os seus 25 anos de existência, com uma gala de “sucesso e solidez” no mercado. O evento, presidido pelo Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, decorreu num dos hotéis da Praia e contou com momentos de homenagens aos colaborado­res mais antigos e ao comendador Joaquim Coimbra.

Pela passagem dos 25 anos do BCN, o presidente do Conselho da Administra­ção (PCA), avançou, a este jornal, que “o balanço é extremamen­te positivo”.

Paulo Lima argumentou que, de 2017 à presente data, o BCN conseguiu “duplicar o seu tamanho, quer em volume do crédito quer em depósitos ou capital. O número de trabalhado­res passou de cem para 170”, cumprindo, assim, os objectivos traçados no seu primeiro mandato.

Conforme revelou, neste momento, já se está a traçar um novo plano estratégic­o para os próximos anos, tendo em conta os “grandes desafios” por ultrapassa­r, principalm­ente os que resultaram da pandemia da covid-19 e da necessidad­e de formalizaç­ão da economia cabo-verdiana.

Formalizaç­ão da economia: um grande desafio

“Temos vários desafios, nomeadamen­te os trazidos pela crise pandémica. Temos um tecido empresaria­l bastante frágil que, muitas vezes, dificulta que consigamos encontrar produtos adequados ao nosso público-alvo que são as empresas cabo-verdianas. Neste ponto, o objectivo é tentar desenvolve­r produtos que melhor se adaptem à economia cabo-verdiana”, explicou.

Conforme argumentou, esses desafios são maiores também devido ao facto de Cabo Verde estar integrado num mundo global onde existem regras globais, que são igualmente aplicadas aos bancos em Cabo Verde à semelhança dos bancos locais de economias mais maduras.

“Isto, de facto, dificulta um bocado, a relação com uma economia muito informal que ainda existe em Cabo Verde. Daí que a formalizaç­ão da economia é para nós um grande desafio a ser ultrapassa­do”.

Apesar destes desafios, Paulo Lima assegura que o BCN pretende “continuar a ser um banco próximo dos cabo-verdianos”, e que, sob o lema “Djunta Mon”, dará as mãos a todos aqueles que, através deste banco, “procuram sucessos”.

Primeiro-Ministro destaca importânci­a do BCN

No seu discurso, o Chefe do Governo, Ulisses Correia e Silva, que presidiu o acto, felicitou o BCN pelos seus 25 anos e realçou a importânci­a dos seus investimen­tos em Cabo Verde, sobretudo pelo cresciment­o em termos de crédito, resultados de rentabilid­ade e

aumento do número de colaborado­res, apesar das situações difíceis que o país enfrentou nos últimos tempos devido à seca e à pandemia.

“Queria fazer uma referência especial ao facto do BCN ter entrado num período em que nós tínhamos uma banca muito concentrad­a. O facto de introduzir­mos a concorrênc­ia e novas energias num banco de matriz cabo-verdiano, aliada à capacidade de Inovação, fez alterar a estrutura do sistema, com ganhos evidentes.

Ganhos no financiame­nto à economia e às famílias

O chefe do Governo enumerou ainda vários ganhos obtidos pelo BNC.

“Esses ganhos são mensurávei­s no resultado do financiame­nto à economia, às famílias – em condições muito mais favoráveis -, mais crédito, criando melhores condições quer para a economia, quer para as empresas ou famílias realizarem as suas intenções”, apontou Ulisses Correia e Silva, notando que “este facto é visível e provoca alterações substancia­is”.

Por outro lado, UCS avançou que o “sucesso” do BCN representa também a solidez do sistema financeiro e bancário cabo-verdiano.

“Nós temos em Cabo Verde um sistema muito confiável e de estabilida­de, apesar das crises, não só a nível das políticas orçamentai­s e fiscais mas também das políticas monetárias com um central que garante graças a condições, dentro das suas competênci­as, que responde muito positivame­nte”, explicou.

Homenagem ao comendador Joaquim Coimbra

Na cerimónia, o Governo homenageou o comendador Joaquim Coimbra, lembrando que “quando sopravam os ventos da democracia nos anos 90, este grande investidor” escolheu Cabo Verde, fazendo hoje, “a ponte de investimen­tos não só no BCN, como na Ímpar e na Inpharma”.

A Gala 25 Anos do BCN contou também com momentos de homenagens aos colaborado­res mais antigos.

Vanda Fortes: “Foi uma bela homenagem e uma surpresa agradável”

“Foi uma bela homenagem e uma surpresa agradável, pois, eu não sabia de nada. É um incentivo para continuar a fazer o meu trabalho, com dedicação até à reforma. São 25 anos de atendiment­o ao público, num ambiente saudável, em que já tivemos muitos administra­dores, saindo um e entrando outro, com o mesmo respeito e atenção para com os seus colaborado­res”, garantiu Vanda Fortes, uma das distinguid­as pelos 25 anos de atendiment­o ao público no BCN.

No entanto, conforme explicou esta funcionári­a, das mais antigas do BCN na cidade da Praia, todos os trabalhos têm os seus desafios, pelo que no atendiment­o ao público, trabalhar com cliente não é nada fácil.

“Temos sempre que manter a calma, gerir os seus estados de espírito pois há dias que estamos bem, outros nem por isso, e, mesmo assim, nunca deixar que isso influencie no nosso trabalho”, especifico­u.

Além do primeiro-ministro, a Gala de sexta-feira, 6, contou com a presença do Vice-Primeiro-Ministro, Olavo Correia, do presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, donGoverna­dor do Banco de Cabo Verde, Óscar Santos, além dos membros da Administra­ção do BCN, investidor­es, colaborado­res e varios convidados.

O evento terminou com um jantar-convívio, animado por música ao vivo, “corte” do bolo e brinde aos 25 anos do BCN.

De relembrar que o Banco Cabo-verdiano de Negócios foi criado nos primórdios da entrada dos Bancos Privados em Cabo Verde (em 1997), através de uma sucursal do Banco Totta & Açores que passou, sete anos, como Banco Totta de Cabo Verde. Depois, transformo­u-se em BCN, e, desde 2017, integra o Grupo Ímpar, tornando-se num banco de matriz cem por cento cabo-verdiano, com presença nas nove ilhas habitadas do arquipélag­o.

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Paulo Lima, PCA do BCN
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Comendador Joaquim Coimbra (homenagead­o) e esposa
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Vanda Fortes
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