A Nacao

Fretson Rocha, Ricardino Pedro e Daniel Almeida vencem Prémio de Jornalismo Financeiro

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Lançado e promovido pela Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC), para promover o mercado financeiro, o concurso, na sua primeira edição, apurou Fretson Rocha (Rádio Morabeza), como o primeiro classifica­do, com o trabalho intitulado “Instituiçõ­es financeira­s de autorizaçã­o restrita”- Nele aborda a questão da extinção dos bancos com autorizaçã­o restrita, apenas para clientes não residentes, e como esta medida aproxima Cabo Verde dos padrões internacio­nais em matéria de prevenção da evasão fiscal, combate ao fluxo financeiro ilícito e lavagem de capitais.

O trabalho foi desenvolvi­do no âmbito do programa Riqueza das Nações, uma iniciativa de desenvolvi­mento da capacidade dos media, implementa­da pela Fundação Thomson Reuters, em parceria com a MISA Moçambique.

“O prémio representa o reconhecim­ento da excelência e do rigor que devem caracteriz­ar a nossa profissão. Confesso que foi com alguma surpresa que recebi a excelente notícia. Uma distinção que significa muito para mim, tanto do ponto de vista profission­al - como jovem jornalista - como pessoal”, declarou, após conhecer os resultados.

Este prémio, segundo disse, prova que é possível fazer jornalismo de investigaç­ão em Cabo Verde, apesar das dificuldad­es por que passam os órgãos privados, relativame­nte, por um lado, a meios financeiro­s e tempo, e por outro, a dificuldad­e no acesso às fontes.

Incentivo a especializ­ação

Em segundo lugar ficou Ricardino Pedro, jornalista da Lusa, com a reportagem “Cabo-verdianos sacrificam-se, mas poupam para montar os próprios negócios”. O tema mostra como empreended­ores conseguira­m erguer um negócio próprio, através de poupanças próprias e da aplicação da educação financeira.

O profission­al diz receber a distinção com naturalida­de, mas também com alegria, e considera que o facto de se estar a premiar uma área específica do jornalismo, do qual os jornalista­s, muitas vezes, são avessos, pode ser um incentivo a trabalhos de melhor qualidade e mesmo à especializ­ação.

Daniel Almeida, do A NAÇÃO, ficou em terceiro lugar, com uma reportagem sobre a privatizaç­ão dos TACV.

Ao todo, concorrera­m sete trabalhos. O prémio foi instituído em 2021 e é de periodicid­ade anual, com prémios de 250, 150, 100 mil escudos, para o primeiro, segundo e terceiro lugar, respectiva­mente.

A literacia financeira, segundo o presidente do BVC, é um dos principais objectivos da Bolsa de Valores. “Desta forma, reconhecem­os e valorizamo­s o papel relevante e insubstitu­ível da comunicaçã­o social, enquanto parceira de primeira linha neste desafio que é de toda a sociedade cabo-verdiana. Em consequênc­ia, pretendemo­s estabelece­r com o sector uma relação mais próxima e profícua, tendo sempre presente o interesse público inerente à atividade da comunicaçã­o social”, declarou.

Jornalista­s do A NAÇÃO premiados

Daniel Almeida, jornalista da casa desde Maio de 2010, conta já algumas distinções, nomeadamen­te, o Prémio Nacional de Jornalismo – categoria de imprensa escrita – 2015, 2020 e 2021; Menção honrosa, 2018; Jornalista do Ano (imprensa escrita) na Gala “Somos Cabo Verde”, edição 2015 e agora Prémio de Jornalismo Financeiro (2021).

Da imprensa escrita, A NAÇÃO tem sido o meio de comunicaçã­o social que mais troféus tem averbado, o que por si atesta o lugar que ocupa no espectro mediático cabo-verdiano.

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Daniel Almeida
Fretson Rocha Ricardino Pedro Daniel Almeida

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