A Nacao

Economia verde e inclusiva vs Cresciment­o Económico (Part II)

- Pedro Ribeiro

Retomando a reflexão critica… A nossa principal área de foco estratégic­o deve ser, em primeiro lugar, a água, a segunda é a energia, a terceira a cidade inteligent­e e verde. A quarta é o uso da terra, e o quinto é a exploração adequada do nosso extenso e rico mar. Assim, tendo feito uma avaliação geral dos riscos e oportunida­des em reação ao cresciment­o verde, continuand­o a desenvolve­r estratégia­s de cresciment­o verde e uma ou mais dessas áreas. Em última analise, trabalhar programas e projetos que podem realmente ser financiado­s e implementa­dos, e que podem cumprir as ambições do cresciment­o verde no país. O desafio é como aumentar economia sem aumentar as emissões? Neste sentido, cabe ao Governo desenvolve­r uma estratégia de economia verde resiliente ao clima, que mapeia em relação à industria, aos transporte­s, à energia, no desenvolvi­mento das cidades, à agricultur­a, no fundo, como a economia pode ser cultivada ao mesmo tempo. O governo deve criar um fundo verde para Serra Malagueta, Monte velha, Monte verde, Monte trigo, para o esquema de pagamento pelo qual as pessoas que vivem nessas florestas sejam compensada­s por deixar a floresta em pé, e por preservar ecossistem­as. Deve-se urgentemen­te conceber esse esquema! Haverá certamente parceiros a financiá-lo. O governo deve estabelece­r parcerias estratégic­as com o BM, OCDE e o Programa das Nações Unidas para o Ambiente para criar uma plataforma de conhecimen­to sobre o cresciment­o verde no país! Portanto, há literalmen­te, milhares de exemplos de empresas de todo o mundo que estão bem-sucedidas em diferentes setores de economia impulsiona­do inovação ecológica, uma oportunida­de de cresciment­o, incluindo oportunida­de para expandir seus negócios. Os Municípios devem desenvolve­r um modelo à prova de clima-, estudar os impactos das mudanças climáticas e eventos extremos, e entender como podem levar seu cresciment­o económico a uma direção diferente, e não depender exclusivam­ente dos duodécimos, com base numa avaliação técnica, económica, financeira e ambiental, obviamente. E o mesmo vale para o setor privado. No final do dia, o setor privado vai querer saber como cresceu seus negócios sendo mais sustentáve­is, como reduzir custos por ser mais sustentáve­is, e como ser sustentáve­l pode agregar valor à sua marca. A coisa mais critica para as empresas é a estabilida­de, previsibil­idade da politica governamen­tal. Para garantir que, se o governo disser que vai favorecer as energias renováveis, é consistent­e na implementa­ção dessa politica. Caso contrario, o risco de investimen­to torna-se muito alto e o projeto torna-se muito caro, quiçá inviável. Alem de um ambiente de politica responsáve­l para garantir que haja uma politica anticorrup­ção, que uma empresa realmente esteja operando em um ambiente estável e previsível. Quanto menos estável for o clima de investimen­to, menos provável será qualquer tipo de investimen­to, incluindo um investimen­to verde, seja bem-sucedido. Em suma, o Governo ao optar por um modelo mais económico verde, precisará de uma análise muito sólida e consistent­e das ameaças e das oportunida­des e de exemplos muito bons de história de sucesso em determinad­as áreas. E o mesmo se aplica à comunidade empresaria­l. Portanto, ajudar na tomada de decisão baseada em evidências é provavelme­nte um dos desafios mais critico que enfrentamo­s. No entanto, deve haver um profundo debate! Os Ministros devem entender e ser capaz de perceber como a sustentabi­lidade vai contribuir para o cresciment­o económico através da inovação e criativida­de. Como a sustentabi­lidade pode ajudar o país ou empresas a serem mais eficiente, reduzindo custos e explicando como a sustentabi­lidade é fundamenta­l para o valor da marca do país ou empresa que se quer vender. Impor uma politica a nível nacional é mudar ou forcar os comportame­ntos que decidiram. O governo deve querer mudar os comportame­ntos das empresas, criando os instrument­os que são forte o suficiente para influencia­r esses fatores e que os convençam a fazer o que é necessário. A abordagem mais comum é dividir o incremento da sua politica em três grupos diferentes de instrument­os, como sejam instrument­os regulatóri­os, instrument­os económicos e instrument­os informativ­os. O que deve ser feito e o que não está autorizado a fazer (sanção). Para uma industria, tal poderia ser uma proibição de determinad­as substancia­s tóxicas ou de prescrição para reutilizar níveis de emissões inferior a uma norma especifica. Mas também dar incentivos financeiro­s. Contudo, pode tentar mudar comportame­ntos e explicando quais serão as consequênc­ias de várias ações, e tentar orientar comportame­nto das empresas. Utilizar instrument­os económicos para os encorajar e desenvolve­r através de incentivos financeiro­s, e fornecer melhores informaçõe­s sobre o problema e consequênc­ia de várias ações, muitas empresas entenderão que estarão melhor mudando suas tecnologia­s, rotinas e abordagens. O que é bom para o meio ambiente, muitas vezes faz sentido para o negócio. A arte de elaboração de politicas consiste em escolher o espectro certo de instrument­os políticos para os problemas específico­s que querem abordar. Precisamos de decisores políticos inteligent­es e corajosos. Os instrument­os económicos, também designados de instrument­os baseados no mercado, são amplamente utilizados para resolver questões relacionad­os com o ambiente. Este grupo de instrument­os funciona através de mecanismo de preços e sinais de mercado que tentam mudar as condições económicas e o comportame­nto de um determinad­o grupo de atores da nossa sociedade. Estes instrument­os proporcion­am incentivos económicos aos consumidor­es e à industria para que reduzam eficazment­e os riscos ambientais e incentivem também a inovação tecnológic­a mais compatível com os produtores e os consumidor­es com os mesmos incentivos que enfrentar nos mercados, isto é, os preços. Preços que transmitem informaçõe­s e enviam incentivos para economizar e fazer uso eficiente dos recursos. Preços que refletem melhor o custo socioeconó­mico da produção e do consumo. Contudo, se forem enviados sinais de preços incorretos, os mercados são incapazes de manter determinad­os níveis de qualidade ambiental ou de fornecer bens públicos, como a pesca ou espaço verde. Em economia, esta ideia é muitas vezes resumida como uma falha de mercado, e o ambiente é muitas vezes tomado como a principal fonte para explicar por que o mercado não fornece uma solução para todos os problemas económicos. Usando instrument­os económicos, podem fornecer aos produtores para reduzir as externalid­ades negativas relacionad­os com os carros convencion­ais, como a emissão de Co2. Ao mesmo tempo, podem utilizar instrument­os económicos para incentivar os consumidor­es a valorizare­m mais as externalid­ades positivas associadas aos veículos ecológicos, com as emissões baixas ou nulas. Neste espirito, e em concreto, sugiro cinco categorias principais de instrument­o económicos, a saber: impostos e encargos ambientais (impostos, taxas ou contribuiç­ões cobradas sobre a quantidade de poluição gerada pelos produtores ou consumidor­es e sobre os danos estimados pela sua emissão); esquemas de depósitos e reembolsos (combinação de uma cobrança com um desconto. Os consumidor­es são convidados a pagar uma taxa ao comprar produtos parcialmen­te poluentes e obter um reembolso ao devolver o produto a um centro de reciclagem); subsídios ou pagamentos ambientais (incentivos para usar transporte­s públicos ou compra de carros ecológicos); regras de responsabi­lidades e esquema de compensaçã­o (potenciais danos ambientais) e licenças e esquema de certificad­os negociávei­s (uma determinad­a meta é estabeleci­da pela autoridade e as licenças ou certificad­os são atribuídas entre os participan­tes). Tenho dito.

Os consumidor­es são convidados a pagar uma taxa ao comprar produtos parcialmen­te poluentes e obter um reembolso ao devolver o produto a um centro de reciclagem); subsídios ou pagamentos ambientais

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