Metas de (des)emprego
Ulisses Correia e Silva optou desta vez por não quantificar, em números, as metas de geração de empregos no país, dada a conjuntura e porque “aprendeu” com o passado. Contudo, nessa colectiva de imprensa, quando instado sobre isso pelo A NAÇÃO, disse que o objectivo é reduzir a taxa de desemprego para níveis que possam ficar “à volta dos 10%”.
“Tínhamos a meta dos 45 mil empregos, tivemos a seca, que fez a destruição de mais de 19 mil empregos. E, a cada debate, a cada entrevista, éramos sempre questionamos sobre os 45 mil empregos .... ”, lembrou, para dizer que, por isso, agora, “não nos comprometemos com valores absolutos”.
O importante, esclarece, é reduzir a taxa e “fazer com que esteja a um nível que se seja acomodável para a nossa situação em termos de economia do país”.
O crescimento económico, lembrou, “é um factor gerador de emprego, porque é resultado de investimentos, praticamente investimentos privados”, e que para isso também é preciso fazer “a diversificação” da economia.
Sectores de investimento
“É o que nós estamos a fazer, uma aposta particular na economia marítima, mas também na economia digital. Muitos jovens estão a entrar nessa área”, disse. Nesse contexto apontou a “facilitação das condições” de criação de startups e criação de pequenas e médias empresas, para gerar emprego, sendo que na sua óptica, a juventude tem “respondido”.
Depois, aponta outros sectores onde “temos problemas mais complicados”, porque são de “alta vulnerabilidade”. Como o sector agrícola, em que “essas soluções” para termos viabilidade, têm de ser feitas “através de dessalinização e reutilização de águas residuais e massificação de rega-gota-a-gota”.
Por fim, aponta a melhoria da cadeia de produção e “melhor eficiência na agricultura”, factores geradores de rendimento e de emprego, para além das pescas, que, como finaliza, “têm um potencial grande”, em Cabo Verde.