Moratórias Ativas de Créditos por Stage (Dlei)
2. Análise económicA e finAnceirA
O desempenho da Caixa no ano de 2021 esteve em linha com o dos anos anteriores, tendo registado algumas melhorias que contribuíram para o reforço da robustez dos seus indicadores.
2.1 Resultados
Produto Bancário O Resultado Líquido do Exercício ascendeu a 967.854 contos, mais 265.543 contos comparativamente ao montante conseguido em 2020, o que representa um acréscimo de 37,81%. Esta evolução é grandemente explicada pela redução do reforço de imparidades, atendendo o nível satisfatório da cobertura do risco de crédito por imparidades.
A Margem Financeira, principal componente do Produto Bancário com um peso de 91,70%, situou-se nos 2.789.763 contos, com um decréscimo 124.290 contos (4,27%) face ao ano anterior, explicado pela redução dos Juros e Rendimentos Similares, com destaque para os juros de carteira de crédito, titulado e não titulado, que diminuíram 153.986 contos (4,15%), na medida que os Juros e Encargos Similares registaram um decréscimo de 65.725 contos (5,50%).
Na sequência, o Produto Bancário registou uma evolução negativa de 2,71% (84.784 contos), em relação a 2020, tendo atingido os 3.042.124 contos em dezembro de 2021, parcialmente compensada pela da Margem Complementar que cresceu 18,56% (39.506 contos), em relação ao período homólogo, totalizando 252.360 contos.
Esta evolução deveu-se sobretudo ao aumento dos Resultados em Operações Financeiras no valor de 50.153 contos explicado essencialmente pelas operações em USD, fortemente impactadas em 2020 pela pandemia de COVID-19.
Custos Operativos
Os Gastos Administrativos que englobam os Gastos Gerais Administrativos e Custos Com Pessoal, aumentaram 1,67% (22.679 contos), totalizando 1.378.712 contos, absorvendo assim 45,32% do Produto Bancário. Esta evolução é explicada quer pelo aumento dos Gastos Gerais Administrativos em 0,52% (2.668 contos), em grande medida devido ao acréscimo de algumas rúbricas destacando-se os Encargos com ATM, Seguros e Impressos e Consumíveis, entre outras, como pelos Gastos com Pessoal que evidenciaram um agravamento de 2,39% (20.011 contos), situando-se nos 858.168 contos, decorrente essencialmente do aumento da remuneração dos empregados, na sequência de recrutamentos e aumento salarial. As Amortizações, por sua vez, também aumentaram 6,42% (7.321 contos), situando nos 121.322 contos.
Em consequência, os Custos Operativos aumentaram 2,04% (30.000 contos), resultando numa degradação do Cost to Income que registou mais 2,30p.p. comparativamente ao ano anterior, situando-se nos 49,31%.
Provisões e Imparidades Líquidas
As Provisões e Imparidades Líquidas do exercício totalizaram 465.990 contos, menos 438.244 contos (48,47%) face 2020, na medida que atingimos um nível satisfatório de cobertura de crédito por imparidades de 116,75%.
Os Resultados das Participações em Empresas Associadas, ainda que de forma pouco expressiva, contribuíram positivamente para o Resultado Líquido do exercício ao registarem 19.820 contos, mais 11.528 contos (139,03%) em relação 2020.
A diminuição dos juros e rendimentos similares e o aumento dos gastos operativos conduziram a uma redução do Cash Flow do Exercício na ordem dos 165.380 contos (9,61%), fixando-se nos 1.555.166 contos.