Evolução dos Resultados (contos)
2.2 Balanço Ativo Líquido
O Ativo Líquido registou um decréscimo de 2,30% (1.838.007 contos) em relação a dezembro de 2020 atingindo 78.085.322 contos, explicado sobretudo pela diminuição de Aplicações em Instituições de Crédito em 47,25% (8.777,514 contos) situando nos 9.800.223 contos. O Crédito Total Líquido, representando 66,6% do ativo líquido, por sua vez, registou um assinalável crescimento de 5,46% (2.702.313 contos), atingindo 52.228.102 contos em dezembro 2021, contra 49.525.789 contos em dezembro 2020. As Imparidades de Créditos situaram nos 4.283.418 contos, menos 1.417.631 contos do valor acumulado em 2020, em grande medida devido ao “write off” efetuado no montante de 1.777.012 contos, e porque se encontravam quase 100% coberto por imparidades não impactaram o crédito líquido. Com objetivo de elevar o nível de cobertura, num cenário de maiores riscos decorrentes da crise da COVID-19, foram registadas imparidades líquidas do exercício no montante de 423.655 contos. Os Outros Ativos que incorpora os bens recebidos em recuperação de crédito próprio (60%) e as Bonificações a receber do Estado de Cabo Verde (30%), registaram uma redução de 6,67% (123.274 contos), em grande medida justificada pelos devedores por bonificações a receber que diminuíram 76.213 contos e outras operações por regularizar 147.113 contos.
Passivo e Capitais Próprio
Igualmente, o Passivo registou uma evolução desfavorável de 3,79% (2.805.861 contos) em relação a 2020, situando nos 71.324.388 contos, justificado pelo significativo decréscimo dos Recursos de Clientes.
Os Recursos de Clientes e Empréstimos, representando 98,7% do Passivo, alcançaram o montante de 70.369.243 contos, registando uma redução de 4,15% (3.043.722 contos), na sequência de mobilização de recursos decorrente do contexto adverso, embora na sua maioria de um cliente bem identificado.
Por sua vez, os Recursos de Outras Instituições de Crédito no valor de 252.539 contos, registou um aumento de 180,36% (162.462 contos) face ao período homólogo, na sua maioria derivado da constituição de Depósitos à Prazo;
Os Capitais Próprios aumentaram em 16,71% correspondente a 967.854 contos derivados da evolução do Resultado Líquido do exercício.
2.3 Indicadores Económicos, Financeiros e Prudenciais Indicadores de Rendibilidade e Eficiência
Os principais indicadores de rendibilidade refletem em certa medida o desempenho da Caixa em 2021, nomeadamente, a Rendibilidade do Ativo (ROA) passou de 0,89%, em 2020, para 1,23%, em 2021 (+0,34p.p.) e a Rendibilidade dos Recursos Próprios (ROE) atingiu 15,42%, em 2021, contra 12,91%, em 2020, (+2,51p.p.).
Por sua vez, rácio Cost to Income, indicador da eficiência da instituição, degradou em 2021, tendo passado de 47,01% para 49,31%, em consequência do aumento dos Custos Operativos em 2,04% (30.000 contos), enquanto o Produto Bancário decresceu 2,71% (84.784 contos).
A Produtividade dos colaboradores, medida pelo rácio Produto Bancário/ Nº médio de colaboradores ativos, registou uma evolução negativa, passando de 8.710 contos para 8.300 contos, explicado sobretudo pelo decréscimo do Produto Bancário, por um lado, e por outro aumento do nº de trabalhadores.