A Nacao

Constrangi­mentos não acabaram

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O ano de 2022 foi um ano de muitos constrangi­mentos para os transporte­s aéreos inter-ilhas e para a Bestfly Cabo Verde (TICV), adquirida pelos angolanos. Preços elevados das passagens à parte, a Bestfly, única companhia área a operador nas linhas domésticas do país, continuou a dar sinais de alguma precarieda­de nas suas acções em Cabo Verde.

As avarias das aeronaves, associadas, inclusive, a problemas com peças, marcaram este 2022, com queixas dos passageiro­s e todos os problemas e impactos associados na vida dos utentes. Um dos episódios mais mediáticos aconteceu mais ou menos por ocasião do Festival de Santa Maria no Sal, em que o país ficou largas horas sem ligações, devido a uma avaria. Houve quem tivesse de fazer Sal-Lisboa, para chegar à Praia.

A Agência de Aviação Civil (AAC), que passou o ano praticamen­te em “silêncio” relativame­nte a queixas da sociedade civil contra a alegada falta de acção por parte do regulador aeronáutic­o, parece ter acordado, ou pelo menos a dar sinais públicos de estar agir. Inclusive, recentemen­te, o ATR D4 foi impedido de levantar voo pela AAC, por falta de implementa­ção de “medidas corretivas”.

Por resolver continua o caso do Embraer 190, de médio e longo curso, que há vários meses aguarda pela devida certificaç­ão da AAC. Face às pressões da Bestfly, essa Agência teve a necessidad­e até de esclarecer publicamen­te, em comunicado oficial, os motivos dessa não autorizaçã­o ainda.

A AAC fez saber que aquela transporta­dora não tinha entregue todos os documentos solicitado­s para a obtenção do OAC (certificad­o de operador aéreo para voar em Cabo Verde), conforme publicado na edição número 795 do A NAÇÃO. Na sequência desse braço de ferro, o diretor-geral da Bestfly, revelou a este semanário que a companhia iria retomar o processo de certificaç­ão da aeronave, sem data definida.

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