Oswaldo Osório, um dos fundadores de Seló
Osvaldo Alcântara Medina Custódio nasceu no Mindelo, ilha de São Vicente, a 25 de Novembro de 1937. Fez os estudos secundários no Liceu Gil Eanes e frequentou o seminário Nazareno de São Vicente. Antes de se interessar pela escrita, ou pela política, era um “simples empregado” de comércio e funcionário público.
Juntamente com Arménio Vieira, Mário Fonseca e Jorge Miranda Alfama deram-se a conhecer através de Seló, um suplemento literário, de vida curta, surgido no jornal Notícias de Cabo Verde, em 1962. Seguiram-se o serviço militar obrigatório, a política e a prisão, por causa da militância pela independência nacional.
“Caboverdeanamente Construção Meu Amor” foi o seu livro de estreia em 1975. Dois anos mais tarde, editou “Cântico do habitante, Precedido de Duas Gestas”. Depois disso, seguiram-se vários outros títulos, nos mais variados géneros, que ajudaram a sedimentar o seu nome como um dos poetas mais expressivos do seu tempo.
Aos setenta anos, escreveu e publicou “A Sexagésima Sétima Curvatura”, altura em que estava a adaptar-se à nova condição de vida. Uma doença hereditária que fez com que perdesse a visão desde 2004.
Depois da “Sexagésima Sétima Curvatura”, seguiram-se “As Ilhas do Meio do Mundo” e ainda “Teresias”. “Terasias II” está a caminho e poderá ser lançado ainda este ano.
Escritor reconhecido, Oswaldo Osório publicou, ao todo, onze livros, entre os quais um romance, um de contos e dois de ensaios, além dos poemas que lhe são característicos. Mas pela poesia, principalmente, que é mais conhecido, tendo a sua obra merecido a atenção de vários críticos e estudiosos no país e no exterior. Pela qualidade do seu trabalho é considerado um dos mais importantes nomes da literatura cabo-verdiana.