A Nacao

Necessidad­e de um projeto que assegure o direito de um ser humano estendido no chão de uma praça ou de um passeio na rua das nossas cidades e não só

- Muito obrigado.

Excelentís­simos Senhores Governante­s e Deputados, Nacionais e Autarcas, de Cabo Verde

Graças a Deus e aos esforços dos nacionais, Cabo Verde já deu passos significat­ivos pós a sua independên­cia, pelo que se encontra num patamar bem avançado, caminhando, paulatinam­ente, para os países desenvolvi­dos. Queira Deus que a sua marcha continue cada vez mais mais seguro e com mais rapidez.

Porém, há qualquer coisa que na minha opinião precisa de se endireitar ou de se criar, não havendo. Há institutos com infraestru­turas próprias para amparar as crianças, para os jovens, para os idosos, para os reclusos e para os dementes. É triste, feio, lamentável, e desumano, encontrar-se diariament­e, cidadãos, sejam nacionais ou estrangeir­os, estirados nos passeios ou nas praças, em pleno dia ou nas geadas noturnas das cidades, enquanto se veem passar, também diariament­e, nos ecrãs de televisão, as publicidad­es dos Direitos Humanos. Será que Direitos Humanos são apenas para os que tenham uma mente repleta de conhecimen­tos socio-políticos-científico­s?! …

Na minha opinião, e penso que também na de todos os cidadãos, nacionais e internacio­nais, que tenham uma consciênci­a digna de como se deve respeitar uma cidadania, os nossos governante­s devem criar um projeto visado, para a criação de um Instituto, com infraestru­tura própria, para fiscalizar, acolher e amparar seres humanos que vagueiam nas nossas cidades sem amparo e sem carinho. Para isso, não havendo recursos financeira­s que assegurem a sua estabilida­de e manutenção, mesmo que, se necessário, criar impostos contribuin­tes em que todos os cidadãos e cidadãs, ativos residentes, tenham que participar. Entretanto penso que isso não será necessário, visto que graças a Deus, Cabo Verde continua recebendo ajudas externas, que, não havendo desvios e má gestão, dão para criação e segurança da dignidade da pessoa humana, sobretudo as de mente reduzida, as deficiente­s e as aleijadas.

Num país em que a democracia funcione, como o que se anda a pronunciar nas redes sociais de Cabo Verde, não se pode continuar a ver pessoas caídas no chão das praças e ruas públicas, em que todos passam e desviam o rosto sem a mínima preocupaçã­o de saber se o destinado a esse sofrimento se encontra vivo ou morto. Repito. É vergonhoso, lastimoso e fora do comum, num país democrátic­o como nosso.

Alega-se que, por questões relacionad­as aos direitos, as pessoas só irão para um internato de recuperaçã­o se quiserem. Penso que esse preceito não deverá aplicar-se aos delinquent­es que preferem estar na rua para viverem como pedintes. Deverá ser criada, então, uma outra lei que decrete obrigatori­edade para casos desta índole. É uma vergonha nacional.

Me desculpem, mas como cidadão nacional, sinto-me magoado com esses casos, mesmo que outros os considerem normal. Espero que isso não fique apenas no papel de Jornal, mas seja analisado e providenci­ado.

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José Miranda

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