A Nacao

Construção de esplanada sem consenso

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A construção de uma esplanada no espaço que era utilizado para a passagem da bandeira constitui ponto de discórdia entre a Casa das Bandeiras e a Câmara Municipal de São Filipe.

O administra­dor da Casa das Bandeiras, Henrique Pires, exigiu a libertação do espaço no Alto São Pedro, que era destinado à preparação das cavalhadas há mais de 100 anos, salientand­o que a utilização do espaço representa uma “facada” na festa de São Filipe e na “actividade mais bonita da festa”, que, a seu ver, perde grande parte do seu brilho.

A Casa das Bandeiras está “triste” e o seu administra­dor entende que nunca se devia alterar o espaço e a tradição da festa, esperando que “quem de direito tome medidas para resolver a situação de Alto São Pedro”.

Além disso, Henrique Pires mostra algum receio sobre a continuida­de de cavalhadas, isto porque, a seu ver, os cavalos que participam das tradiciona­is corridas já não acompanham a bandeira à igreja e nem participam das cavalhadas.

Já o presidente da câmara, Nuías Silva, não vê razão para a liberação do espaço, tendo em vista que existe um acordo com o empresário do espaço de Alto São Pedro para a sua utilização pela Casa das Bandeiras e câmara no dia 01 de Maio para as actividade­s da Bandeira.

A partir do almoço da Casa das Bandeiras, que marca o início do processo das cavalhadas e a tradiciona­l passagem da bandeira e entrega dos troféus, o espaço será disponibil­izado para as actividade­s da câmara e da Casa das Bandeiras e há este “acordo intrínseco”, referiu o autarca, para quem a esplanada funcionará como uma espécie de tribuna e como sombra e todas as condições de dignidade e de beleza para que o acto de passagem seja feito com toda a dignidade.

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