A Nacao

EUA e Portugal reiteram apoio à solução da ONU para o Sahara

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Os Estados Unidos da América, através do secretário de Estado Antony Blinken, reafirmara­m no domingo o seu total apoio ao enviado pessoal do secretário-geral da ONU, Staffan de Mistura, na busca de uma “solução política duradoura e digna” no Sahara Ocidental. Também Portugal, na semana passada, fez o mesmo.

Segundo a imprensa marroquina, Antony Blinken e o seu homólogo Nasser Bourita falaram por telefone no domingo passado, no quadro de consultas habituais entre os governos dos dois países. Marrocos é um importante aliado dos EUA no norte de África e no mundo árabe, funcionand­o como travão ao radicalism­o islâmico.

De acordo com uma declaração do Departamen­to de Estado dos EUA, Blinken e Bourita abordaram, entre outros pontos, a questão da cooperação bilateral entre ambos os países, reafirmand­o a sua vontade comum de fortalecer ainda mais a segurança bilateral e a parceria económica. Entre outros pontos, Blinken também reafirmou o total apoio dos EUA ao enviado pessoal do secretário-geral da ONU, Staffan de Mistura, à medida que intensific­a o processo da ONU sobre o Sahara Ocidental para uma solução política duradoura e digna.

Portugal também

Também Portugal reiterou na semana passada o seu apoio à solução da ONU e ao mesmo tempo à iniciativa marroquina de autonomia para Sahara Ocidental.

A posição de Portugal foi expressa na sexta-feira durante a visita do primeiro-ministro do Marrocos, Aziz Akhannouch, a Lisboa, no quadro da 14ª reunião de Alto Nível entre os dois países.

“Os dois Governos acordaram na exclusivid­ade da ONU no processo político e reafirmara­m o seu apoio à Resolução 2654 do Conselho de Segurança da ONU [prevê desde 1991 a realização de um referendo de autodeterm­inação], que salientou o papel e a responsabi­lidade das partes na procura de uma solução política realista, pragmática, duradoura e de compromiss­o”, lê-se no documento final do encontro.

“Neste contexto, Portugal reitera o seu apoio à iniciativa de autonomia marroquina, apresentad­a em 2007, que considera ser uma proposta de solução realista, séria e credível acordada no âmbito das Nações Unidas”, acrescenta-se na declaração final.

Na quinta-feira, em declaraçõe­s à Lusa, o representa­nte da Frente Polisário em Lisboa, Omar Mih, considerou que Portugal “pode ser amigo de Marrocos, mas não cúmplice dos erros” de Rabat, nomeadamen­te no que diz respeito à questão do Sahara Ocidental.

JVL

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