Classe pede revisão do regulamento
A par desta polémica, há alguns jornalistas e a própria AJOC que reconhecem que é chegada a hora de rever o regulamento do PNJ, para que o concurso possa acompanhar a realidade do mercado actual e ser justo com os profissionais de outras áreas e géneros.
Em repto lançado no Facebook, que mereceu a concordância de vários colegas, o jornalista Ricardino Pedro, da agência Lusa, sublinha que, passados dez anos do lançamento do concurso, é tempo de rever o seu regulamento, alargando a sua abrangência, inclusivamente, a outras temáticas e categorias.
Entre essas novas categorias está o “online”, já que muitos dos jornais estão apenas em plataformas na internet, mas, também, o fotojornalismo.
No que toca a categoria Televisão, o jornalista desafia os decisores a incluirem o cameraman, se tratando de uma reportagem de vídeo. Neste quesito, há quem sugira a inclusão também do editor de imagem, peças fundamentais no “trabalho de equipa” que é a reportagem televisiva.
Outra reivindicação é a premiação, com valores monetários, de trabalhos classificados em segundo e terceiro lugar. Mas também um prémio carreira para os veteranos que, com o seu contributo, deram o melhor de si para o desenvolvimento do jornalismo cabo-verdiano. Um prémio, defende um proponente, que não tem que ser necessariamente monetário.
O presidente da AJOC garante que a entidade, enquanto organizadora, entende que deve haver, sim, esta revisão, pelo que já manifestou esta preocupação junto ao membro do Governo responsável pela pasta da comunicação social.
“Falo na questão de se acolher os trabalhos online e da própria atribuição de prémios monetários aos segundos e terceiros classificados. Basta ver o que o júri disse este ano, sendo possível, escolheriam dois ou três trabalhos para serem premiados dada a qualidade de certos trabalhos”, salienta Geremias Furtado.
Sendo o Governo que decide e financia o prémio, a AJOC mostra-se aberta a sentar e discutir uma possível revisão, no sentido de tornar o prémio mais inclusi