A Nacao

Provedoria da Justiça diz que só actua mediante queixa das mães

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A Provedoria da Justiça informa que apenas mediante queixas das mães cujos filhos perderam a vida no Hospital Baptista de Sousa, entre Janeiro e Maio, é que essa entidade poderá agir.

“As mães, que perderam os seus filhos, devem ser devidament­e aconselhad­as para um melhor apuramento dos factos. Se nos for solicitado poderemos abrir um processo, sem isso não o poderemos fazer”.

De igual modo, a Entidade Reguladora Independen­te da Saúde (ERIS) fez saber esta semana que só vai desencadea­r uma nova investigaç­ão se as mães dos bebés mortos apresentar­em provas que contrariem o inquérito apresentad­o, na segunda-feira, pelo Ministério da Saúde.

Eduardo Tavares, presidente daquela agência, disse à RCV que a ERIS não tem capacidade para proceder as investigaç­ões, já que, como alega, “as instituiçõ­es crescem com o tempo”. A seu ver, o Ministério da Saúde está melhor habilitado do que a ERIS, como técnicos, médicos e especialis­tas, para proceder a investigaç­ões do tipo.

No entanto, afiança que houve uma avaliação interna sobre os moldes do inquérito e, em articulaçã­o com o Ministério da Saúde, decidiu-se que não havia necessidad­e de ter duas equipas no terreno a fazer a mesma investigaç­ão.

“O Ministério da Saúde pode fazer inquérito de forma independen­te e sem envolver a ERIS. Temos de confiar no trabalho do ministério porque as instituiçõ­es do Estado estão articulada­s, mesmo as entidades independen­tes”, avança.

Caso apareçam novos indícios, o presidente da ERIS garante que que “obviamente” a entidade vai intervir e elaborar o próprio inquérito. RL

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