Câmara e MpD voltam a trocar acusações
Em comunicado a Câmara Municipal da Praia acusou, na semana passada, os vereadores do MpD de continuarem a “travar o desenvolvimento” do maior centro urbano do país, ao votarem contra os planos de loteamento das localidades de Monte Babosa, Cova Minhoto, Cidadela, Complexo Duargema, Cidadela, Caiadas Nascente e Vila Alto São Francisco.
Conforme o comunicado, os vereadores recusaram a ratificação do contrato de empreitada de requalificação urbana e asfaltagem na Avenida Machado Santos e o contrato celebrado com a empresa JM Produções e Eventos Lda para a realização do festival da Gamboa, que aconteceu nos dias 19 e 20 de Maio.
“De igual modo, votaram as seguintes empreitadas, obra de ampliação de cinco quarteirões no cemitério de São Filipe, calcetamento do largo edifício Vila Jovem –IFH, calcetamento de vias e passeios de Bela Vista, calcetamento na zona de Terra Branca do trecho via Tiver, construção de Pedonal de Terra Branca e requalificação nos arredores da igreja de Vila Nova” elencou.
Segundo a mesma fonte, nem a proposta de deliberação que autoriza a participação do município em Associações do Município e Associações Comercial e Industrial de Cabo Verde na Alemanha (ACICA) “escapou à fúria” dos eleitos da oposição.
Aos municípios o comunicado pediu “serenidade na abordagem da postura do MpD”, que “conta com o apoio do primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva”, uma vez que, considerou, esses constrangimentos têm servido de “combustível para um trabalho cada vez focado na edificação do bem comum” e comprometido no combate à corrupção e defesa dos praiense.
Resposta do MpD
Ontem, em resposta, foi a vez de os vereadores do MpD, através de Luís Xavier Pinto, refutarem o presidente da CMP, acusando Francisco de Carvalho de arbitrariedades na condução dos assuntos municipais e que por isso, enquanto eleitos, “não podem aprovar um ato ilícito e ilegal, para depois virem a ser responsabilizados civil e financeiramente”.
Segundo aquele porta-voz, Francisco de Carvalho “tem de perceber que os recursos da Câmara Municipal da Praia são recursos públicos e ele não tem o poder de os utilizar de forma arbitrária e ao seu belo prazer”.
“O MpD na Câmara Municipal da Praia mantém-se firme na defesa dos interesses da capital e na preservação dos Princípios da Legalidade e do Estado de Direito”, concluiu.