Associação das Peixeiras condena caos criado pela Câmara
A Associação das Mulheres Peixeiras de São Vicente responsabiliza Câmara Municipal pela situação que as vendedeiras e os tratadores de peixe se encontram desde que o espaço entrou para obras. “O primeiro culpado pela situação em que nos encontramos é a Câmara Municipal”, afirma Eloisa Mota, vice-presidente da Associação.
Eloisa Mota considera por isso um despropósito os fiscais da CMSV andarem a retirar o peixe das mulheres que todos os dias, bem cedo, saem de casa para poderem ganhar a vida.
“Pediram-nos para sair do mercado em 2019 por um período de três meses, para fazer obras da remodelação do mercado, e já lá vão quase cinco anos”, realçou a vice-presidente da Associação das Peixeiras na mesma linha das demais entrevistadas.
Criada em 2019, a Associação das Mulheres Peixeiras de São Vicente tem, entre os seus objectivos, lutar e zelar pelos direitos dos seus membros, ajudando na resolução dos problemas dessa categoria social.
Desde então, com a parceria da Cooperação Espanhola, através do projecto “Amdjer txeu Luta”, tem ministrado formações ligadas à transformação do pescado, higiene e segurança, bem como à refrigeração e formalização dos seus negócios. “Todo este trabalho tem ido na direcção de contribuir para o aumento da auto-estima das mulheres e jovens que vivem da pesca e da venda de peixe”, diz Eloisa Mota.
Para concluir, graças ao empenho da Associação, Eloisa Mota diz que se conseguiu uma câmara frigorífica para apoiar as peixeiras, co-financiada pelo Ministério do Mar, Câmara Municipal de São Vicente e pela própria Associação das Mulheres Peixeiras de São Vicente.