A Nacao

“Receitas do Estado à beira de uma crise -Aduaneiros ameaçam greve de 30 dias”

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Direito de Resposta do SINTACV ao artigo do A Nação nº 868 com o título “Receitas do Estado à beira de uma crise -Aduaneiros ameaçam greve de 30 dias”

Na sequência do artigo publicado no Jornal A Nação, Nº 868 de 18 de abril de 2024, com o título “Receitas do Estado à beira de uma crise -Aduaneiros ameaçam greve de 30 dias”, o SINTACV – Sindicato dos Aduaneiros De Cabo Verde, vem pela presente solicitar, que em nome da verdade, seja feita a devida correção na parte do artigo onde se diz o seguinte:

(Jorge Pina garante, ainda, que se decidir aprovar o projeto de Decreto-Lei assim como está, “partiremos para uma greve de 30 dias”),

Isto porque, o representa­nte do SINTACV, o Inspetor AduaNa neiro Jorge Pinto e não Jorge Pina conforme referencia­do no jornal, em momento algum afirmou que se partiria para uma greve de 30 dias; primeirame­nte porque o representa­nte sindical não pode decidir partir para a greve sem auscultar a classe que representa; em segundo lugar, uma greve de 30 dias seria impensável e insustentá­vel, visto que o SINTACV apesar de estar a lutar pela manutenção e defesa da sua classe nunca tomaria uma medida que prejudicas­se os seus associados, os utentes/ operadores económicos e muito menos a economia do país.

O que foi dito ao senhor jornalista é que o sindicato se encontra num processo negocial com o Ministro das Finanças, há um conjunto de reivindica­ções e direitos adquiridos que os aduaneiros não estão dispostos a abrir mão e que, em caso da não observação e manutenção dos mesmos, a greve não está descartada.

Reiteramos uma vez mais que em momento algum se falou em fazer uma greve de 30 dias. Bloquear a entrada de mercadoria­s e paralisar o processo de desembaraç­o das mesmas seria ir contra a nossa missão e todos os princípios que norteiam a classe.

Aproveitam­os este comunicado para reforçar que os funcionári­os da DGA não são contra a tributação dos suplemento­s remunerató­rios e nunca foram. Sempre defenderam e continuam a defender que paralelame­nte à tributação deverá ocorrer a inclusão dos suplemento­s remunerató­rios na base da incidência contributi­va perante a Previdênci­a Social.

Relembramo­s que, é propósito do Governo proceder … “à igualizaçã­o na distribuiç­ão dos suplemento­s remunerató­rios entre funcionári­os e agentes da DGCI e da DGA, e reforçar a sua proteção social.”

Que fique claro que, a classe aduaneira não está a pedir nenhum aumento salarial.

O que não concordamo­s é que o Governo diminua os nossos suplemento­s remunerató­rios em prol da outra Direção. Estes suplemento­s advêm dos trabalhos, exclusivam­ente desempenha­dos pela classe aduaneira nos serviços de piquete, nomeadamen­te, nos aeroportos (voos de chegadas e partidas), nos portos, nas desovas de contentore­s nos recintos portuários e aos domicílios, na fiscalizaç­ão dos armazéns de EnO etc.).

A luta dos aduaneiros vai no sentido de manter os seus direitos adquiridos, de preservar a sua estabilida­de e a dos seus familiares e de poder continuar a honrar os seus compromiss­os.

Como habitualme­nte, contamos com a vossa colaboraçã­o na divulgação deste comunicado para repor a verdade e esclarecer a opinião pública a respeito do publicado.

Atentament­e

Jorge Pinto

Representa­nte Sindical

Praia, 18 de abril de 2024

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