Cooperação bilateral para dinamizar corredor da Beira
é responsável por cerca de 18% dos combustíveis em trânsito e cerca de 19% da carga diversa manuseada no Porto da Beira.
Os ministros dos Transportes e Comunicações de Moçambique e da Zâmbia acordaram, na última quarta-feira, na cidade da Beira, o estabelecimento de mecanismos regulares para a solução da preocupação dos transportadores que operam no Corredor da Beira, particularmente no transporte de combustíveis líquidos para a Zâmbia.
Falando no final da reunião ministerial bilateral, o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Janfar Abdulai, disse que as partes vão passar a realizar os encontros regulares e a revitalização do Comité Conjunto do Transporte Rodoviário Bilateral que não se reúne há mais de oito anos.
O acordo entre os governantes dos dois países surge na sequência da visita de 3 dias do ministro dos Transportes e Comunicações da Zâmbia, Mutotwe Kafwaya, com o objectivo essencial de efectuar o levantamento, sistematização e estabelecimento de mecanismos para a solução dos problemas que afectam os operadores rodoviários zambianos que usam o Corredor da Beira.
Durante esta visita, as equipas técnicas dos dois países trabalharam com os gestores e demais prestadores de serviços portuários, desembaraço de mercadorias e transportadores rodoviários do Corredor da Beira. A delegação zambiana assistiu, no Porto da Beira, às operações portuárias, bem como o trabalho que está a ser feito para melhorar a qualidade dos serviços prestados aos utentes daqueles portos, incluindo a Zâmbia.Do trabalho realizado durante a visita, foi reafirmado o comprometimento mútuo de Moçambique e Zâmbia em continuar a trabalhar para a melhoria da qualidade dos serviços de logística prestados por Moçambique no Corredor da Beira, particularmente no transporte de combustíveis líquidos para a Zâmbia.
Entretanto, os transportadores ainda enfrentam constrangimentos tais como dificuldades de carregamento de combustíveis no porto da Beira e no percurso; desigualdade das taxas cobradas pelos dois países (tendo em conta a necessidade de manter a competitividade e sã concorrência entre os operadores dos dois pais); fraco acesso rodoviário ao porto da Beira e os serviços de parqueamento dos camiões que transportam combustível, carga perigosa que exige cuidados especiais no seu manuseamento; e problemas relacionados com a legislação, fiscalização e aplicação da legislação sobre o transporte rodoviário.