Estima que as mudanças climáticas geram um potencial de investimentos em África de USD 3 trilhões
A via de recuperação de África oferece enormes oportunidades, disse o chefe do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, no Fórum de Investimento Verde Europa-África.
Soando uma nota de optimismo no Fórum de Investimento Verde União Europeia-África, o Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, alertou sobre as vastas oportunidades de crescimento verde do continente.
No evento, Adesina identificou a energia, a agricultura e as infra -estruturas como áreas-chave do potencial de investimento (entre USD 130 a USD 170 mil milhões por ano) para uma recuperação pós-COVID-19 em África, bem como salientou que, com abundantes recursos de energia solar, eólica, hídrica e geotérmica, a transição energética de África apresenta, por si só, uma oportunidade de investimento de 100 mil milhões de dólares por ano.
Por sua vez, o Presidente do Banco Europeu de Investimento,
Werner Hoyer, disse que as parcerias forjadas para enfrentar a crise da COVID-19 devem, agora, ser aplicadas às alterações climáticas. Embora a mudança climática seja um enorme desafio para África, Adesina exortou os investidores a aproveitarem as oportunidades que ela apresenta e que valeriam USD 3 triliões de até 2030 e afirmou que o BAD está na vanguarda do investimento na adaptação climática, mas mais de 70% do financiamento necessário terá de vir do sector privado para complementar os investimentos públicos.
O fórum híbrido e de alto nível convocado por Portugal e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), para mobilizar o capital privado e público em direcção à transição verde em África, reuniu personalidades governamentais e empresariais, instituições financeiras internacionais e de desenvolvimento, sociedade civil e academia.
Os intervenientes enfatizaram a necessidade de reconstruir, colectivamente, os sistemas mais ecológicos. Vários países felicitaram os Estados Unidos, depois de o Presidente Joe Biden se ter, na quinta-feira, comprometido a reduzir as emissões de carbono em 50-52% abaixo dos níveis de 2005 até 2030.
Projectados como potencial de investimento em África na energia, agricultura e infra-estruturas