Plataforma digital Smartngo melhora o desempenho das ONG
O mercado nacional conta com um sistema on-line que facilita as ONG, bem como a monitoria e a avaliação dos projectos implementados, com maior destaque para a gestão de finanças e ferramentas que garantam o controlo no processo de prestação de contas.
As organizações não-governamentais desempenham um papel importante na sociedade. Normalmente, concentram os seus esforços em áreas específicas, muitas vezes nas comunidades com a ajuda de voluntários e de doações. Muitas dependem de financiadores para desenvolver os seus projectos.
Entretanto, tais organizações passam por desafios e dificuldades, sendo a prestação de contas a mais comum.
Mas, afinal, como estas organizações estruturam o seu dia-a-dia, de que forma funcionam, como monitoram as suas actividades e contas? Mesmo para responder a estas questões, a Infopel, uma empresa da área da informática, desenvolveu um sistema on-line de monitoria e avaliação de projectos, denominado SMARTINGO.
“O sistema ajuda a olhar para parte do orçamento, das actividades, de quem está a fazer algo, se está a ir tudo muito bem e, principalmente, garantir que cada actividade diária e mensal vá ao encontro daquilo que é o objectivo no final de cada projecto”, explicou Euclésia Churana, coordenadora de projectos da Infopel.
Segundo Euclésia Churana, coordenadora de projectos da Infopel, muitas organizações têm enfrentado dificuldades em mostrar evidências das actividades implementadas em diversos projectos, de forma alinhada com o Plano Estratégico interno, pelo que, através do sistema, barreiras como estas poderão ser ultrapassadas.
“No sistema, é possível ver quanto se gasta. O responsável pelo projecto já sabe mais ou menos que nós estamos a 80 ou 60 por cento do orçamento previsto. Então, este controlo é necessário por parte de quem é responsável pelo projecto”, avançou.
A fonte acrescentou ainda que, através do sistema, é possível melhorar o desempenho da organização: “É possível gerar relatórios. Então, para quem está no topo, o que importa são os relatório, para saber o que está a acontecer. Assim, a partir das actividades e dos gastos que são registados na plataforma e outras informações, é possível ter este controlo”.
Este sistema informático pode ser utilizado em todas as delegações do país onde determinada ONG está filiada. Isso permite que os gestores de programas e coordenadores da organização possam verificar o nível de alcance de resultados e objectivos, assim como o alcance das actividades do Plano Estratégico.
Para manter a dinâmica no sistema, Euclésia Churana garante que é feito um trabalho conjunto com as organizações que se beneficiam do sistema.
“Nós trabalhamos com a organização e cuidamos da parte administrativa. Na plataforma, há níveis de acesso e cada pessoa, dentro da organização, sabe o que deve fazer. Quando é assim, uma organização pode propor realizar mais projectos, de forma a contribuir para o desenvolvimento da comunidade.”
Em suma, o sistema permite fazer a monitoria financeira das ONG, gerar relatórios e estatísticas, monitorar parceiros e subvenções e fazer a avaliação de parceiros para a realização das actividades.
Mais do que isso, a plataforma pode ser um mecanismo para a redução de custos internos e da burocracia no trabalho, tal como refere Euclésia Churana: “Usando a plataforma, há vantagens como diminuição de papel, centralização das informações no mesmo lugar e isso facilita a comunicação e gestão. A plataforma não é fixa, é dinâmica”.