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China é o país que mais exportou de Moçambique no primeiro trimestre

- Texto: Clemêncio Fijamo Foto: O País

Depois de dois anos consecutiv­os com a África do Sul a liderar a lista dos países que são os principais destino das exportaçõe­s de Moçambique, nos primeiros três meses do ano, eis que este ano, a China subiu de lugar e passou a liderar as compras no país.

No período em análise, a China absorveu cerca de 17,57% das exportaçõe­s de Moçambique. A Índia não ficou atrás, comprou 14,13% dos produtos e serviços vendidos por Moçambique, e a África do Sul, que era líder de compras no país, ficou com 6,99%.

Em termos gerais, os principais produtos comprados no país foram: óleos de petróleo, grafite natural, castanha de caju, legumes de vagem seca, energia eléctrica e fios de alumínio, enumera um relatório do Instituto Nacional de Estatístic­a (INE).

“Do total de produtos exportados durante o trimestre em observação, o destaque vai para o alumínio (23,05%), carvão mineral em coques e semi-coques (22,86%), carvão mineral em hulha (8,50%) e energia eléctrica (7,88%), áreas pesadas (minério de zircónio) (5,21%), gás natural (4,89%) e castanha de caju (2,52%)”, indica o mais recente relatório do INE. Intitulado “Síntese da Conjuntura Económica”, o documento, referente ao primeiro trimestre deste ano, sublinha que os principais produtos adquiridos pela China, principal destino das exportaçõe­s do país, são óleos de petróleo e grafite natural. Já a Índia comprou mais castanha de caju e legumes de vagem, tendo a África do Sul adquirido mais energia eléctrica e fios de alumínio.

Nos primeiros três meses do ano passado, com compras avaliadas em cerca de 91,80 milhões de dólares, a China era o terceiro país que mais importava de Moçambique. Na altura, os produtos por si adquiridos eram o coque e semicoque de hulha e lenhite. O peso das suas compras absorviam cerca de 9,97% das exportaçõe­s de Moçambique.

Relativame­nte às importaçõe­s, ou seja, compras de Moçambique fora do país, entre os fornecedor­es que tiveram maior relevo foram a África do Sul (29,46%), que manteve a sua liderança de há anos, os Emiratos Árabes Unidos (10,38%), a China (9,94%) e a Índia (6,99%), tendo como produtos comprados com maior expressão: energia eléctrica, "buldózeres", automóveis, óleos de petróleo, cimento e condutores.

De Janeiro a Março de 2022, a importação de equipament­o observou um acréscimo fixado em 35,04% e a de veículos ascendeu 23,24% face ao período homólogo de 2021.

Durante o trimestre em análise, a importação de gasolina e gasóleo, por exemplo, aumentou em cerca de 87,39% e 75,26%, respectiva­mente, face a período semelhante de 2021.

No primeiro trimestre de 2022, o volume das exportaçõe­s rondou em cerca de 1 724 milhões de dólares, enquanto o das importaçõe­s se situou em cerca de 2 101 milhões, resultando em um défice na balança comercial de bens fixado em cerca de 377 milhões. Diante dessas variações, no período em análise, uma comparação entre países revela que a Tanzânia apresentou a menor subida do nível geral de preços da zona Austral de África, situando-se em 3,77%, enquanto Zimbabwe teve maior variação, fixando-se em 71,20%. Já Moçambique assistiu a uma subida do custo de vida que ronda os 7,17%.

“Relativame­nte ao trimestre homólogo de 2021 (de Janeiro ao mês de Março), quer as exportaçõe­s quer as importaçõe­s registaram subidas que rondam, respectiva­mente, em 98,98% e 19,76%”, lê-se no documento que temos vindo a citar.

Segundo o INE, no primeiro trimestre de 2021, o volume das exportaçõe­s rondou em cerca de 922,17 milhões de dólares americanos, enquanto o das importaçõe­s se situou em cerca de 1 574,44 milhões, resultando num défice da balança comercial de bens de cerca de 652,3 milhões de dólares. “Do total de produtos exportados durante o trimestre em observação, o destaque vai para o alumínio (23,05%), carvão mineral em coques e semi-coques (22,86%)”

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