Taxa de inflação dispara em Malawi
Malawi passa a ser o terceiro país africano com taxa alta de inflação global e alimentar com 33 por cento, depois do Zimbabwe com 47 e Serra Leoa na casa dos 42 por cento.
Malawi está com uma taxa de inflação de 33,5 por cento, e é neste momento o terceiro país africano com maior taxa de inflação global e alimentar. Segundo o relatório do Pulso de África do Banco Mundial, desenvolvido com o objectivo de “combater as desigualdades para revitalizar o crescimento e aliviar a pobreza em África”, Zimbabwe está na primeira posição com 47 por cento e seguido da Serra Leoa com 42 por cento.*
Entretanto, o Banco Mundial aconselha o Governo Malawiano a adoptar medidas assertivas para evitar que a situação chegue a um ponto de saturação, e para tal exorta para a necessidade de o país permanecer restritivo na sua orientação monetária.
Exorta-se ainda que Malawi introduza políticas económicas prudentes para o estímulo ao crescimento económico, apesar da previsão da descida da taxa média em 5,1 por cento ao nível da região.
Citado pela rádio Moçambique, o porta-voz do banco central do Malawi, Mark Lungu, reagiu dizendo que as taxas de inflação local são agravadas pela inflação de alimentos, o que coloca as ofertas de bens e serviços no nível crítico.
Apesar dos presentes números, o Governo do Malawi, espera que a economia cresça 3,2% no presente ano, e 4,8% em 2025, estimulado pelo aumento da actividade industrial.
O ciclone Freddy, que se abateu sobre o Malawi, tendo destruído infra-estruturas que movem a economia deste país, associado ao surto da cólera, colocou o sistema micro e macroeconómico do Malawi em queda livre.
Recentemente, o banco central Malawiano foi obrigado a desvalorizar o kwacha face ao dólar devido à concorrência desleal entre as duas moedas, agravando, assim, a taxa de inflação. As reservas oficiais brutas das divisas sob o controlo directo do banco central caíram para 194,82 milhões de dólares.