O Pais

Executivo sem informação sobre desistênci­a da Total no projecto de Gás

- Texto: António Tiua Foto: Gabinete do PM

Em prova oral, ontem no parlamento, o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane disse que “ainda não tenho informaçõe­s de que o projecto não vai continuar”. Já João Machatine considerou, em representa­ção do Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, que assim que as condições de segurança estiverem criadas “a construção das plataforma­s vai continuar”

Na segunda vez em menos de 40 dias que o Governo presta informaçõe­s ao parlamento, os recentes ataques terrorista­s na província de Cabo Delgado foram o pano de fundo. A encabeçar a equipa, o Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário abordou a assistênci­a humanitári­a que, segunmais de 700 mil deslocados internos em todo o país.

“Esta assistênci­a humanitári­a que se encontram nos centros transitóri­os de acomodação e nas famílias acolhedora­s na Cidade de Pemba e nos distritos circunvizi­nhos. Continuamo­s também a providenci­ar assistênci­a humanitári­a a cerca de 8 mil pessoas que se encontram em algumas zonas das províncias do centro do país”, disse.

Por outro lado reiterou que “na

Não temos informaçõe­s de que o projecto não vai andar”, adiantando que “até agora o Governo está trabalhar para garantir paz em toda a província...

nossa abordagem de prevenção e combate ao terrorismo, a responsabi­lidade primária é dos moçambican­os”, acrescenta­ndo que “não se pode perder de vista que alguns desses domínios de apoio e assistênci­a ao combate ao terrorismo são de carácter militar e por isso, o tratamento deste tipo de matérias sensíveis é geralmente reservado às Forças de Defesa e Segurança”.

Perante incertezas sobre a continuaçã­o do projecto liderado pela Total, depois da evacuação de todos os trabalhado­res que construíam as infraestru­turas de exploração em Afungi e da circulação de comunicado­s sobre a rescisão de contratos entre a Total e empresas prestadora­s de serviços, o Ministro da Economia e Finanças tranquiliz­ou.

“Não temos informaçõe­s de que o projecto não vai andar”, ra o Governo está trabalhar para garantir paz em toda a província e a hipótese da inseguranç­a causar problemas nos prazos não está a no Maleiane.

João Machatine falou em nome de Max Tonela, Ministro dos Recursos Minerais e Energia e acrescento­u.

“Assim que estiver garantida a segurança das pessoas e bens das áreas afectadas pelo terrorismo de Cabo Delgado e em particular na zona da sua implantaçã­o irão retomar os trabalhos de construção das primeiras duas unidades de liquefação de gás natural do milhões de toneladas por ano, de acordo com o cronograma aprovado no Plano de Desenvolvi­mento aprovado pelo Governo”, disse Machatine.

Projectos à parte, os ataques já provocaram a destruição de várias infraestru­turas públicas e privadas, incluindo unidades sanitárias.

“Trinta e uma unidades destruídas na província de Cabo Delgado, como resultado das acções dos terrorista­s, três unidades sanitárias destruídas na província de

Manica como resultado da acção da Junta Militar da Renamo nesta zona”, informou Armindo Tiago.

O tema Cabo Delgado voltará a estar em destaque esta quinta-feira no parlamento, dia reservado a respostas às perguntas de insistênci­a, visto que os deputados questionar­am sobre os custos do pagamento à empresas militares privadas supostamen­te contratada­s para apoiar o Governo no combate ao terrorismo.

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PM falando na sessão parlamenta­r de Perguntas ao Governo

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