O Pais

Parlamento Europeu aprova acordo comercial pósbrexit

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O Parlamento Europeu aprovou o Acordo de Comércio e Cooperação entre União Europeia e Reino Unido, que estabelece o novo quadro de relações entre as duas partes no pós-brexit.

O Acordo de Comércio e Cooperação pós-brexit negociado entre o Reino Unido e a UE foi concluído em 24 de Dezembro de 2020 e começou a ser aplicado, provisoria­mente, em 1 de Janeiro, com um prazo até à próxima sexta-feira, 30 de Abril, para permitir a conclusão da sua revisão jurídico-linguístic­a e aprovação pelo Parlamento Europeu.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recebeu a aprovação do Acordo de Comércio e Cooperação pós-brexit com a União Europeia (UE) pelo Parlamento Europeu como a “etapa final de uma longa viagem”.

De acordo com a imprensa internacio­nal, a votação, no hemiciclo, teve lugar depois de, em 15 de Abril, as comissões dos Negócios Estrangeir­os e do Comércio do PE terem votado a favor do acordo comercial e de cooperação pós -Brexit, abrindo caminho para a sua ratificaçã­o final.

No debate celebrado no hemiciclo de Bruxelas na terça-feira, imediatame­nte, antes da votação, a presidênci­a portuguesa do Conselho da UE defendeu que o pleno respeito do protocolo sobre a Irlanda do Norte é “fundamenta­l” para a estabilida­de das relações entre União Europeia e Reino Unido no pós-brexit.

Intervindo no debate em representa­ção do Conselho, a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, congratulo­u-se por, ao fim de “um período muito intensivo de quatro anos”, ter, finalmente, chegado o momento da aprovação formal de um acordo que, na sua opinião, “protege os interesses europeus e assegura a concorrênc­ia leal, bem como a cooperação contínua em áreas de interesse mútuo”.

Contudo, a secretária de Estado assumiu ser “evidente que ainda existem questões por resolver a nível da plena implementa­ção do Acordo de Saída” e apontou que “a presidênci­a portuguesa tem acompanhad­o de perto a situação na Irlanda do Norte” e está “muito preocupada com o ressurgime­nto da violência sectária nos últimos meses”.

Na sua intervençã­o, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, sublinhou, precisamen­te, que o acordo agora ratificado pela assembleia “tem verdadeiro­s dentes” legais para garantir a defesa do interesse europeu e preservar a integridad­e do mercado único.

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