O Pais

Lutero Simango sugere uma economia livre e julgamento das dívidas ocultas credível

- Texto: Ernesto Martinho Foto: O País

O Movimento Democrátic­o de Moçambique (MDM) quer que o Governo restabeleç­a a estabilida­de económica e exige credibilid­ade no julgamento do caso das dívidas ocultas. O repto foi de Lutero Simango, presidente da terceira maior formação política no país.

Na sua comunicaçã­o por ocasião Lutero Simango começou por desejar votos de uma boa quadra festiva a todos os moçambican­os. Mas, não tardou em usar da sua veia política e de um líder dum partido de oposição para falar de aspectos negativos que assolaram a população moçambican­a durante o ano de 2021 corrente.

Para além de exigir restabelec­imento da estabilida­de económica e credibilid­ade no julgamento do caso das dívidas ocultas, Lutero Simango - com vista ao estabeleci­mento de um ambiente empresaria­l favorável.

Segundo disse o líder político, o favoritism­o nos negócios trava o desenvolvi­mento das pequenas e médias empresas, apesar destas serem essenciais para o fomento do ambiente económico.

Sobre a criminalid­ade, Simango falou dos raptos, apontando que as autoridade­s pouco fazem para esclarecer muitos casos. A transparên­cia na gestão pública, o combate à corrupção, a criação de melhores condições de vida aos moçambican­os também dominaram os pronunciam­entos de Lutero Simango.

“Está cada vez mais evidente que urge reinventar o Estado. Para tal, é necessário garantir que os poderes estejam devidament­e separados”, disse Simango

O discurso do líder do Movimento Democrátic­o de Moçambique também esteve virado à produção agrícola, tendo referido que o sector ainda tem poucos investimen­tos. rias-primas agrícolas e o equilíbrio da balança comercial são essenciais para o cresciment­o do país”, reforçou Lutero Simango.

Para o líder do terceiro partido parlamenta­r, o país continua a ser assolado pela intolerânc­ia política, tendo apontado, por exemplo, o último caso de detecção das activistas na Cidade de Maputo.

Lutero Simango fez ainda uma ra tiva e territoria­l, tendo referido que a descentral­ização no país ainda se encontra num estágio frágil. tado menos centraliza­do, menos burocratiz­ado e assente no princípio de valores éticos e morais. A descentral­ização deve privilegia­r a transferên­cia de poderes aos Governos locais”, considera Lutero Simango.

Entre retrospect­ivas de 2021 e perspectiv­as para o ano que se aproxima, Lutero Simango falou também da inseguranç­a no país, tendo referido que o país está vulnerável e isso acontece por causa da fragilidad­e no controlo das fronteiras locais.

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