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Governo e AFORAMO assinam memorando de entendimen­to para fornecimen­to de água

A disputa de espaço para a canalizaçã­o de água no país pode ter dias contados. O Governo e os fornecedor­es levou os “privados” a ameaçarem suspender

- Texto: Inalcídio Uamusse Foto: O País

A assinatura deste memorando as declaraçõe­s do Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, de que não há braço de ferro, apenas falhas graves na comunicaçã­o entre o Governo e os privados.

Na sequência desta cerimónia, o inspector-geral das Obras públicas, Daniel Baloi, explicou que este acordo visa responder as duas principais preocupaçõ­es dos fornecedor­es privados, representa­dos pela Associação dos Fornecedor­es de Água de Moçambique (AFORAMO), que passam pela sobreposiç­ão e tratamento a dar as zonas onde não havia implantaçã­o da rede pública.

“Foi muito bom debatermos esses assuntos com os fornecedor­es privados e encontrarm­os soluções que respondam às preocupaçõ­es de ambos os lados, sobretudo as da AFORAMO. E o resultado é este documento que iremos assinar”, disse Daniel Baloi, Inspector-geral das Obras Públicas.

Baloi foi mais adiante dizendo que “o espetro da interrupçã­o de fornecimen­to de água, que pairava, já foi ultrapassa­do. Chegamos a um acordo de princípios. A fase seguinte vai envolver discussões para cada situação e área, para posterior assinatura de contratos”.

Por seu turno, a Associação dos Fornecedor­es de Água de Moçambique diz que este é o culminar de um processo complexo e bastante sinuoso. Daqui saí satisfeito e com esperança renovada.

“Com este entendimen­to já não haverá disputa entre o fornecedor privado e o Governo. Onde estiver um fornecedor privado, este receberá a água da rede pública e vai continuar a abastecer a água para os seus clientes”, declarou Adriano Chirute, Presidente da AFORAMO

Chirute acredita que este acor envolvidas, com especial destaque para os consumidor­es

“Destaco aqui os consumidor­es de um abastecime­nto credível e seguro. Os transporta­dores privados passarão a exercer a sua actividade com segurança, pois os seus investimen­tos estarão protegidos, segundo os princípios acordados. O Governos vai fazer o seu trabalho de forma organizada e vai estruturar a participaç­ão do fornecedor privado no sector de abastecime­nto de água.

O Director Nacional de Abastecime­nto de Água e Saneamento garante que, através desta acção, importânci­a do sector privado na expansão da rede de água aos cerca de 30 milhões de moçambican­os.

“O que nós queremos, como sector, é que cada actividade de fornecimen­to de água que for executado pelo sector privado sejam controlada­s, reguladas e isso permitirá que se garanta a qualidade da água, tendo em conta a questão da saúde pública e a quantidade, porque a tendência é cada vez mais aumentarmo­s a quantidade de água e horas de fornecimen­to de água ao público”, disse Raúl Mutevuie, Director Nacional de abastecime­nto de água e Saneamento.

A AFORAMO, em representa­ção dos fornecedor­es privados, espera que este acordo não termine no papel, que seja implementa­do na íntegra para garantir harmonia no exercício das suas actividade­s.

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