Por favor, Dieta Mediterrânica todos os dias!
Que dieta seguem? Qual é o significado da palavra dieta? É uma palavra utilizada erradamente. Não se refere só ao ato de reduzir a ingestão alimentar para obter perda de peso. Dieta corresponde ao que comem. Podem estar a modificar a vossa alimentação porque querem emagrecer, porque está grávida, porque surgiu um infortúnio e foram bafejados pela doença ou estão numa dieta em que simplesmente não se importam e comem o que vos apetece. Todas estas formas de se alimentarem é dieta.
E a dieta mediterrânica? Sabem mesmo no que consiste? É o melhor que podem fazer pela vossa saúde, no que à alimentação diz respeito.
Em 1, a UNESCO distinguiu a Dieta Mediterrânica como Património Cultural Imaterial da Humanidade devido às evidência científica existente comprovando esta ser um modelo cultural, histórico e de saúde, fundamental na saúde pública e na nutrição, com princípios adotados pelos povos cujo diaa- dia é influenciado pelo Mar Mediterrâneo. A dieta mediterrânica caracteriza-se pelo consumo elevado de alimentos de origem vegetal (cereais pouco refinados, hortícolas, fruta, leguminosas, frutos secos e oleaginosos), consumo de produtos frescos, pouco processados e locais, respeitando a sazonalidade, azeite é a gordura a usar, consumo frequente de pescado, consumo pouco frequente de carnes vermelhas, água é a bebida eleita e o vinho surge ocasionalmente, as confeções culinárias são o mais simples possível, prática de exercício físico diária e as refeições devem ser feitas em família, promovendo o convívio social. Tudo o que escrevi é saúde. Esta incita ao convívio social e familiar, fundamental à saúde mental, incute o exercício físico e as diretrizes alimentares são fabulosas. O flexitarianismo, que surgiu recentemente e que corresponde a comer mais alimentos de origem vegetal e menos de origem animal, vai de encontro à dieta mediterrânica e quem fala deste como sendo uma inovação, desculpem mas a dieta mediterrânica é o tão moderno flexitarianismo.
A evidência científica diz que esta dieta equivale a uma maior qualidade de vida, associada a uma maior sustentabilidade ambiental. A adesão à dieta mediterrânica resulta numa redução da mortalidade, por reduzir a incidência de doença cardiovascular, a incidência de cancro ou doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson ou Alzheimer. Nada a admirar, visto que os produtos alimentares processados são drasticamente reduzidos e substituídos por alimentos ricos em antioxidantes. Na dieta mediterrânica, as feijoadas cheias de enchidos ou pratos diários em que a metade está repleta de carne de vaca ou porco a respingar de gordura não existem. Nesta dieta, muito do que julgamos essencial ou que nos é impingido como fundamental e super saudável, não existe. Legumes como o repolho, tomate, espinafre ou couve serão o normal e a quinoa e o feijão azuki não são essenciais e não farão a completa diferença. A cenoura cozida ou crua não faz diferença, o que interessa é incluí-la e retirar os refrigerantes, beber muito mais água e deixar os fritos para os feriados cristãos.
Um pouco mais de dieta Mediterrânica, por favor.