Correio da Manha - Boa Onda

‘ OH MORCOM, BAI- ME À LOJA’ OU A ARTE URBANA BEM VIVA

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SE PERCORRER A RUA DAS F LORES vai, com toda a certeza, reparar que de um lado e de outro há várias caixas, ou pequenos muros, j unto aos edifícios com expressões típicas da cidade do Porto e que são exemplos de arte urbana espalhados pela Invicta.

‘ Este é fino como o alho’; ‘ Oh mor, isto não é para alapar’ e ‘ Oh morcom bai- me à loja’ são algumas das expressões que podem ser encontrada­s nesta rua, que tem muitas e grandes histórias para contar.

A rua das Flores foi construída em 1521, no reinado de D. Manuel, num espaço onde existia a horta do bispo da ci- dade, à época D. Pedro Álvares da Costa. O nome da artéria provém mesmo das viçosas hortas, recheadas de vivas flores, que existiam naqueles terrenos. Durante algum tempo foi conhecida como a rua de ‘ Santa Catarina das Flores’.

Desde cedo que este local abrigou casas aristocrát­icas onde moravam os principais comerciant­es e pessoas ricas da cidade do Porto. Muitas casas eram de famílias tradiciona­is portuenses.

Anos e anos passaram e hoje esta é a rua das artes, fazendo parte do mapa de arte urbana do Porto, que voltou a crescer com várias intervençõ­es em espaços públicos. Na paisagem urbana da cidade destaque para um conjunto de trabalhos artísticos em caixas de distribuiç­ão de energia que homenageia­m o cidadão anónimo e a cidade de todos - tal como é possível ver na rua das Flores. Estas caixas, ou muros, fazem muito sucesso na cidade e são mais um dos pontos de atração da rua das Flores, a rua da moda.

EXPRESSÕES TÍPICAS DA CIDADE DO PORTO AO LONGO DE TODA A ARTÉRIA

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