Promover produtos nas zonas urbanas
EM MATÉRIA DE PRODUTOS NACIONAIS COM INDICAÇÃO GEOGRÁFICA ( IG) OU DENOMINAÇÃO DE ORIGEM ( DO), os canais de promoção são, regra geral, os festivais populares que decorrem entre Bragança e o Corvo, que, claro está, se misturam com arraiais de música popular.
Como é evidente, tais festivais são determinantes para as economias locais ( produtores há que dependem das vendas num único fim de semana), para a afirmação política dos partidos de cada terra e para a qualidade de vida de quem faz o favor de ainda viver no interior do país.
Ora, se tais festivais são incontornáveis, as câmaras municipais, as comunidades intermunicipais ou associações comerciais deveriam canalizar parte dos seus orçamentos para a promoção dos produtos I G ou DO nos centros urbanos do litoral, onde, de resto, e x i s t e p o d e r d e compra que permite aos produtores cobra re m mai s pel o seu trabalho.
E isto pode acontecer em eventos que juntem chefs conhecidos, que, como se sabe, têm poder de atração sobre jornalistas, bloggers e demais gastrónomos. De resto, tais iniciativas deveriam ocorrer umas três semanas antes dos festivais respetivos em cada terra, por forma a captar mais gente.
Quem faz isto muito bem é a Câmara Municipal de Bragança, com um jantar que todos os anos ( o próximo é já no dia 21 deste mês) junta dezenas de apreciadores do butelo e das casulas no restaurante Nobre, em Lisboa. Houve um tempo em que os urbanos nem sabiam o era o butelo. Mas hoje, também por causa de tais jantares, já vão a Bragança para comprar butelos, casulas e outros enchidos.
NO DIA 21 DESTE MÊS, A CHEF JUSTA NOBRE VAI PREPARAR UM JANTAR DE BUTELO E CASULAS