“AMÚSICA É UM GRANDE VÍCIO, QUAL METADONA!”
A CUMPRIR 40 ANOS DE CARREIRA, O CANTOR RECORDA O PASSADO E O INÍCIO DE TUDO NUMAALTURAEM QUE LANÇAUM NOVO SINGLE,‘ DIZ QUE SIM’, PAULO GONZO REGRESSA ESTA NOITE AO COLISEU DOS RECREIOS COM O ITALIANO MARIO BIONDI COMO CONVIDADO
Que espetá cu loé
1 este que leva esta noite ao Coliseu?
É um espetáculo que passa em revista algumas coisas que fiz ao longo da carreira e que vai ser muito preenchido do ponto de vista dos arranjos. Vou ter coros e um convidado especial queéo cantor italiano Ma rio Biondi, que comigo vai interpretar uns quatro ou cinco temas. Vamos fazer, por exemplo, um dueto do ‘ Sei- te de Cor’, em português e italiano.
O Paulo tem um longo historial com o Coliseu dos Recreios. Na sua estreia em 1979 foi mesmo barrado à entrada!
Pois foi [ risos]. Foi no meu primeiro grande concerto!
O que é que aconteceu? Epá, o que aconteceu é que eu já cheguei um pouco atrasado e quando dei por mim estava numa fila enorme à porta do Coliseu. Então cheguei- me à frente, o segurança perguntou- me o que é que eu queria e eu respondi- lhe que era eu que ia cantar [ risos].
E ele não caiu nessa!
Claro, e mandou- me para o final da fila [ risos]. Foi o empresário que me resgatou. O segurança para não dar o braço a torcer disse apenas: “Epá eles para mim são todos iguais!” Esse foi o tal concerto que nunca percebeu se deu lucro ou não?
Sim, foi exatamente esse. Acho que deu 25 contos de l ucro ( 125 euros). Lembro- me que andava lá o avô Covões com uma sebenta a tirar notas e a apontar as cadeiras partidas e os estofos estragados. E eu sempre atrás dele. Foi muito engraçado. Para mim o Coliseu é uma sala que tem uma história muito grande e que me traz muitas lembranças.
Faz agora quarenta anos desde que editou o primeiro disco com a Go Graal Blues Band. Também t em boas lembranças?
Sim. Lembro- me de tudo como se tivesse sido ontem.
Mas do que é que se recorda
“RECORDO- ME QUE PARTÍAMOS PARA AS COISAS DE PEITO FEITO. ÉRAMOS MUITO GENUÍNOS”