Correio da Manha - Boa Onda

Nasceu uma estrela

ATRIZ ASSUME RÉDEAS DE `NAZARÉ'

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Como é que está a ser este regresso?

Não era segredo para ninguém que eu queria voltar à representa­ção há muito tempo e agora acho que foi a altura certa. Acho que nada é por acaso. Estou a gravar na minha zona e abordamos temas como os incêndios, que foi um tema que eu vivi mesmo de perto naquela zona. Portanto, estou muito feliz. Este regresso tinha de ser agora. Tinha de ser nesta altura. Está a ser um grande desafio. Sinto uma grande responsabi­lidade, mas acho que vai valer a pena e estou a trabalhar muito para isso e estou a 100% no projeto.

O convite partiu de quem?

Eu fiz um casting. Quando soube que tinha sido escolhida acho que foi das notícias mais felizes que recebi.

Regressou agora como protagonis­ta. Como é que está a ser?

Sim, nunca tinha feito uma protagonis­ta. Daí eu sentir imensa responsabi­lidade, mas também sinto que foi na altura certa e a personagem tem tudo a ver comigo. Eu e a Nazaré somos muito parecidas. Também é muito respondona?

Não sou tão respondona como a Nazaré, mas a nível da força do amor incondicio­nal que ela tem pela mãe, o facto de ela virar o Mundo para ajudar a mãe… Eu reajo exatamente da mesma forma com a minha mãe e tenho a força que a Nazaré tem e acho que ela tem muita garra.

De que forma é que os incêndios a afetaram?

Eu gravei exatamente na minha zona, que foi onde o pinhal de Leiria ardeu e eu sou de Pedrógão, que é ao lado, e eu estava lá quando aquilo ardeu tudo e lembro-me que tive de sair de lá porque nos mandaram embora. Na altura, eu vim para Lisboa e cortaram as estradas. Foi um drama. O fogo chegou a casa de alguma família, de amigos e foi uma situação muito agressiva. Quando estava a gravar a cena dos incêndios, lembrei-me e fiquei muito emocionada. Mas eu acho que ainda me fez dar mais nessas cenas do incêndio. Esse desespero, eu vivi-o. Nada é por acaso. Os outros atores têm-na elogiado bastante. Como é que se sente em relação a isso?

Essa é uma parte que me emociona um bocado porque ainda há pouco o Ruy de Carvalho abraçou-me e disse que eu estava a fazer um excelente trabalho. Lembro-me de os ver desde pequenina a fazer novelas e teatro e vejo esses grandes atores a abraçarem-me e a elogiarem-me. Nem sei muito bem processar essa informação. Eu estou muito grata, mesmo. Como foi passar de não estar a gravar para ser protagonis­ta?

Eu adapto-me com muita facilidade a todas as situações e nunca tive medo de trabalhar e de fazer horas. Nunca! Eu comecei a trabalhar muito cedo e lembro-me de que nunca tive medo de horas de trabalho. Ainda por cima, estou a fazer algo de que gosto, tenho todo o gozo do Mundo. Até podia estar aqui mais horas. É aquele trabalho que eu levanto-me – e tenho muito mau feitio de manhã – mas eu venho muito feliz para aqui porque realmente é o que eu gosto.

Ainda nas comparaçõe­s com a Nazaré, também viveu um amor em criança? Sim, tive um amor muito parecido com o Toni e a Nazaré. O meu primeiro namorado foi na infância. Hoje somos grandes amigos e ainda bem que ele foi o meu primeiro namorado. Levo-o mesmo para a vida e pertencemo­s ao mesmo grupo.

“SOU DO PEDRÓGÃO E O FOGO CHEGOU A CASA DE ALGUMA FAMÍLIA. FOI UMA SITUAÇÃO MUITO AGRESSIVA”

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