Filho viaja no espaço misterioso em busca de respostas sobre o pai
BRAD PITT DÁ VIDA A UM ENGENHEIRO ESPACIAL NA PRODUÇÃO `AD ASTRA', QUE COMBINA MELODRAMA FAMILIAR COM FICÇÃO CIENTÍFICA RECHEADA DE EFEITOS ESPECIAIS CUIDADOS
Oterritório exigente da ficção científica tem tentado impor-se, nos últimos tempos em Hollywood, numa combinação entre aprumo técnico e densidade dramática. ‘Ad Astra’, filme já em exibição, é o exemplo mais recente de um trabalho que imagina uma viagem espacial, com um drama intimista associado. Neste caso o de um homem (Brad Pitt), que quer perceber o que aconteceu, nos limites do sistema solar, ao seu pai (Tommy Lee Jones), um astronauta experiente que desapareceu há 16 anos, durante uma expedição ao planeta Neptuno, quando se encontrava em busca de vida inteligente.
Nomeado para o Leão de Ouro do último Festival de Veneza, este trabalho do bem cotado realizador James Gray (que dirigiu, antes, pérolas como ‘Nós Controlamos a Noite’ ou ‘Duplo Amor’) faz de tudo para criar um ambiente espetacular, mas ao mesmo tempo muito preocupado com as motivações do protagonista. O engenheiro espacial a que Brad Pitt dá vida vai numa busca incessante por explicações e, ao mesmo tempo, tenta resolver um mistério que pode alterar a ordem das coisas.
Estilisticamente cuidado, o filme custou praticamente 80 milhões de euros e, além de mostrar tecnologia de ponta, procura a verosimilhança da realidade aeroespacial. Isto sem esquecer nunca o drama humano, que é como quem diz o de um filho à procura do destino do pai.
FILME ESTEVE A CONCURSO NO FESTIVAL DE VENEZA