Correio da Manha - Boa Onda

Radiante com regresso à TVI

ATRIZ ESTÁ DE VOLTA COM `NA CORDA BAMBA'

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Como está a ser gravar esta novela, com uma personagem diferente?

É uma personagem muito desafiante e que me tem dado muito prazer. A Sara é apaixonant­e. Está a ser um desafio. Um novo ciclo. Estou orgulhosa do resultado e confiante no projeto.

Um novo ciclo? Está de regresso à TVI. É curioso porque eu estava no carro a pensar que é sempre um dia de nervoso e de expectativ­a. Há uma certa ansiedade e curiosidad­e sobre o produto que andámos a fazer nos últimos meses. Eu ainda só tinha visto algumas imagens e ainda não tinha tido a oportunida­de de ver o primeiro episódio, mas faz 20 anos que o meu percurso foi marcado entre a TVI, a SIC e a RTP. Tenho tido a sorte de ter feito várias personagen­s, de diversos projetos. Ao longo destes 20 anos, tenho tido a sorte de poder trabalhar, nestas três estações de televisão. Foram sempre os projetos que me motivaram. Este foi um desafio que me conquistou. São os projetos que me movem.

Como está a ser o regresso?

Há muitos anos que eu não via uma novela tão bem escrita e construída. Ao contrário do que se diz, e contrarian­do-me a mim própria, podemos sempre voltar ao lugar onde já fomos felizes. Eu fui muito feliz na Plural. Várias personagen­s marcantes passaram por esta casa e, nomeadamen­te, pela TVI. Estou muito contente com este cruzar de pessoas e de profission­ais.

A Sara que vimos em 2009 é irreverent­e. Como é a sua personagem 10 anos depois?

Continua irreverent­e. Há uma questão principal que é a procura da filha e esta loucura vai marcar esta personagem ao longo de muitos episódios. A Sara não é uma personagem ressabiada, rancorosa, mas sim uma mulher irreverent­e e que vive a vida de uma forma livre, despojada. Não tem filtros, não tem limites. É, por vezes, inconvenie­nte, mas é uma forma de se proteger, defender e de agir dentro do meio que cresceu. Ela não é só uma questão de irreverênc­ia, é uma questão de insatisfaç­ão. Quando ela não concorda com determinad­a situação, ela é fiel aos seus princípios e às suas convicções. Mas é uma boa personagem, ou seja, ela não é raivosa. Como é que foi esta mudança de visual? Foi uma proposta da Helena Vaz Pereira e da minha vontade de apostar numa nova imagem. Acho que nos ajuda a desconstru­ir personagen­s. Vamos vivendo em ciclos. Uns atrás dos outros e estou contente.

Os seus filhos disseram alguma coisa? Eles gostam sempre.

Como é que faz para dividir a sua vida pessoal com esta personagem?

Faço sempre uma gestão equilibrad­a entre a minha vida pessoal e a minha vida profission­al. Felizmente, a produção tem sido sempre incansável na logística de cada ator. Em termos de gravações, há um grande equilíbrio em termos de dias e de horários. Temos tido bastante tempo para preparar as cenas e para gravar. Há uma preocupaçã­o com a qualidade. E não passa só pelas imagens, mas também pelo tempo que gravamos.

“CONTRARIAN­DO-ME A MIM PRÓPRIA, PODEMOS SEMPRE VOLTAR AO LUGAR ONDE

JÁ FOMOS FELIZES”

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