Com a música a correr nas veias
NOVO ESPETÁCULO DE PAULO SOUSA COSTA JÁ ESTÁ EM CENA NO CASINO ESTORIL E HOMENAGEIA UM FILME QUE FEZ DANÇAR TODA A GENTE. NO PALCO, RICARDO DE SÁ FAZ AS VEZES DE JOHN TRAVOLTA
Chegam de fones nos ouvidos, a olhar para o telemóvel, a atualizar as páginas nas redes sociais. Despem a roupa e desligam os gadgets. As raparigas põem vestidos coloridos, os rapazes as calças à boca de sino. Eles e elas maquilham-se fortemente, aquecem as cordas vocais, preparam-se para entrar num mundo novo: o universo da histriónica década de 70, de que já ouviram falar... Quanto mais não seja, viram os filmes. E, é claro, conhecem as canções! Depois acendem-se as luzes, arranca a música, e o elenco de ‘Saturday Night Fever’, enche o palco do Casino Estoril com alegria e boa-disposição. Mesmo que a história tenha o seu quê de triste, o musical que Paulo Sousa Costa acaba de estrear – e que sucede ao anterior ‘Grease’ – é um espetáculo que quer deixar o espectador animado e bem disposto.
No papel do protagonista, Tony Manero – que no grande ecrã foi imortalizado pelo ator John Travolta – está Ricardo de Sá, que diz que viu o filme dezenas de vezes, para que a sua interpretação “não desiluda ninguém”. “Toda a gente conhece o filme com o Travolta, e quando vierem ver, têm as imagens do cinema muito presentes na cabeça... Vão fazer comparações. É normal”, diz o ator. “Por isso, procurei que
a minha representação estivesse o mais próxima possível do original. Ao fim de quase três meses de trabalho intenso, acho que consegui”, diz ele, que diz que até saltou quando recebeu o convite para dar corpo a uma personagem que marcou toda uma geração. “Já tinha trabalhado com o Paulo, e nem hesitei: é claro que tinha de fazer isto. Estou muito contente.”
UM GRUPO CHEIO DE TALENTO
Ao lado de Ricardo de Sá, muitas caras conhecidas: Beatriz Barosa e Mafalda Tavares são as protagonistas femininas, mas no elenco estão ainda os nomes de Diogo Faria e dos veteranos Elsa Galvão e Luís Pacheco. Paulo Costa Sousa diz que “em Portugal há cada vez maior preocupação, por parte dos atores em aprenderem a cantar e a dançar, além de representar” e que, portanto, se torna cada vez mais fácil escolher um elenco para fazer um musical. “Reuni um grupo de pessoas talentosas e estou satisfeito com o resultado.”
“PROCUREI QUE A MINHA REPRESENTAÇÃO ESTIVESSE O MAIS PRÓXIMA POSSÍVEL DO ORIGINAL”, DIZ O PROTAGONISTA