Correio da Manha - Boa Onda

“NÃO MANDO NA HISTÓRIA”

DESCONTENT­E COM O PROJETO DA TVI `A PRISIONEIR­A' E COM AS FRACAS AUDIÊNCIAS, O ATOR ESTÁ ANSIOSO PELO FINAL DAS GRAVAÇÕES E CONFESSA QUE O DESTINO DA SUA PERSONAGEM NÃO FOI O ESPERADO

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Como é que lida com as constantes abordagens dos fãs e com o facto de ter conquistad­o público de todas as faixas etárias? Eu espero ser uma pessoa não que agrade a toda a gente, mas pelo menos que consiga atingir pessoas de todas as idades, e acho que isso acontece. As gravações da novela ‘A Prisioneir­a’ ainda estão a decorrer. Como está a lidar com este projeto? Faltam três semanas para terminar as gravações. Estamos um bocadinho ansiosos que chegue esse momento e acho que já estamos todos a precisar. Considera que a novela não teve o impacto esperado junto do público? Eu já estava à espera porque é um tema muito forte. Eu acima de tudo tento isolar-me disso e fazer o meu trabalho o melhor possível. Também já tive novelas que foram um grande sucesso e que a história em mim não tocava tanto como esta pode tocar. Eu tento sempre distanciar-me… claro que quero que a novela seja um sucesso e que tenha muitas audiências, seria hipócrita se dissesse que não. Mas tento sempre criar um filtro e dar importânci­a só ao que eu vivo dentro das gravações e o que eu vivo é um grande ambiente, com grandes atores. Desta novela vou guardar acima de tudo as amizades que fiz. Gravou com a Kelly [Bailey, namorada] pela primeira vez enquanto casal. Como é que foi a experiênci­a? Acho que foi igual. Na verdade, nós queremos fugir um bocado a isso porque nós somos atores e se nos começam a ver demasiado como casal não nos dão o mesmo valor enquanto atores. A Kelly é mais nova do que eu e

“ACIMA DE TUDO, TENTO ISOLAR-ME E FAZER O MEU TRABALHO O MELHOR POSSÍVEL”

tem um caminho mais curto para trás, e acho importante para ela também fazer o seu caminho. Afetou de alguma forma a vossa relação? Não afetou nem prejudicou. Se tivéssemos em telenovela­s diferentes íamos almoçar juntos na mesma. Temos de saber separar as coisas e nós sabemos disso. É um trabalho que até nos ajuda a tornar mais fortes enquanto pessoas e é assim que tentamos ver as coisas.

Preferiam ter histórias em separado? Não é o ideal porque preferíamo­s ter cada um a sua história, mas aproveitam­os isso para nos tornarmos a nós mais fortes e coesos e também mais unidos. Quando aceitaram o trabalho sabiam o destino das personagen­s? Não propriamen­te, na altura não era bem isto… mas depois a história desenvolve­u-se assim, mas a ideia não era ficarmos juntos. Mas aconteceu e estamos aqui para isto, eu não mando na história.

Esta situação não lhe agradou? Fiz os meus comentário­s internamen­te, tive uma opinião e dei-a a quem de direito. Depois de sete meses a gravar, está quase de férias. Já tem planos para os dias de descanso que se avizinham? Uma parte das férias vão ser passadas com a Kelly, outra parte não. Temos muitos trabalhos. A ideia é percorrer vários países e descansar.

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