Correio da Manha - Boa Onda

Confissões em entrevista

O ATOR ESTÁ A ABRAÇAR O SEU PRIMEIRO VILÃO, NA PELE DE FÉLIX, NA NOVELA `NAZARÉ', APÓS BRILHAR NO FILME PORTUGUÊS `A HERDADE'. O SUCESSO PROFISSION­AL NÃO PÁRA ALÉM FRONTEIRAS

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ATOR MOSTRA-SE RADIANTE COM NOVOS SUCESSOS

Oator está a brilhar na novela ‘Nazaré’, na SIC, na pele do mau da fita, algo que se tem revelado uma grande experiênci­a. Como está a viver esta nova personagem?

É uma estreia absoluta. Foi um tipo de trabalho que nunca tinha feito em novela, de um vilão. A minha personagem é surpreende­nte. Ele não é um vilão convencion­al. Estou curioso para ver a reação das pessoas. Ao longo das gravações, foi ótimo trabalhar neste registo. Correu lindamente, e acho que o resultado só podia ser bom.

Como foi gravar as cenas mais intensas e violentas?

São cenas altamente difíceis, mas o gozo é exatamente esse, ter essas cenas onde se rapta pessoas, espanca, viola. Tudo isso numa onda de ficção é ultra estimulant­e. Estou muito expectante.

E foi fácil encontrar logo química para gravar ao lado da Sandra Barata Belo [Verónica na novela], com quem contracena como casal?

Foi fácil, e isso aconteceu de uma forma geral com todos. Com o Rui Unas, por exemplo, também, que nem está habituado a fazer este tipo de cenas. Mas isso também se deve a toda a equipa de produção, o que se reflete no bom ambiente diário de trabalho que temos. Sinto-me um sortudo por trabalhar nesta casa [SIC] com esta gente toda.

Nas redes sociais, anunciou que esta seria a última novela com a SIC. Foi uma despedida?

Eu apenas tinha contrato, e agora deixei de ter. Era a última novela nesta fase. O que não quer dizer que não faça uma a seguir e não possa ser na SIC também. Mas eu gosto muito de mudar de sítio, é ótimo e saudável para todos. São sempre estímulos diferentes.

Isso não traz uma certa inseguranç­a? A nossa profissão é mesmo assim. Mas obviamente que eu, assim como outros atores, habituamo-nos a isso. Temos que conciliar coisas, novelas com teatro.

Tem dado cartas também fora de Portugal, com o filme ‘A Herdade’, onde é o protagonis­ta [personagem João Fernandes]. Como foi para si integrar esse projeto?

Correu lindamente, as reações foram ótimas. Foi o meu primeiro protagonis­ta no cinema. E gerir a personagem foi muito exigente e trabalhoso. O facto de termos estado em Veneza e em Toronto é absolutame­nte único para um filme português. Sei que havia uma enorme expectativ­a e espero ter conseguido tocar o público.

Mas sempre ambicionou ser bem sucedido na profissão de ator também fora de Portugal?

Nunca tive aquele sonho ‘american dream’. Obviamente sonho, toda a gente sonha. E se puder expandir o meu trabalho e o amor por aquilo que faço, vou fazê-lo. Estou a aproveitar tudo o que está a acontecer e a viver isso ao máximo. Luto todos os dias para ter novos projetos. Tudo é mais um degrau para estar perto de outros trabalhos, outras aventuras, e quem sabe lá fora.

“NUNCA TINHA FEITO UM VILÃO. TEM CENAS ALTAMENTE DIFÍCEIS, MAS É ISSO QUE DÁ GOZO. ESTOU

MUITO EXPECTANTE”

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