A banda que salvou o rock alternativo
BLACK FRANCIS, JOEY SANTIAGO, DAVID LOVERING E PAZ LENCHANTIN SOBEM ESTA NOITE AO PALCO DO CAMPO PEQUENO PARA APRESENTAREM O ÚLTIMO DISCO
Improvisar consoante o ambiente da sala e do público. É esta a promessa deixada por David Lovering, o baterista dos Pixies, para o espetáculo desta noite no Campo Pequeno, em Lisboa. “O melhor é quando conseguimos sentir qual deve ser a próxima música com base na atmosfera da sala. É realmente, em última análise, o que estamos à procura com esta nova digressão: ler a sala e poder fazer a escolha certa”, explica. Para ouvir está o novo álbum, ‘Beneath the Eyrie’, lançado no passado mês de setembro, mas também alguns dos temas mais emblemáticos da carreira do grupo, com muitas incursões pelo passado.
Misturando os elementos básicos e abrasivos do punk rock e do noisy guitar com a suavidade da música pop, os Pixies são uma das bandas mais originais e influentes a terem surgido nos anos 80. É também uma das que mais contribuiu para o renascimento do circuito de rock alternativo norte-americano e, por isso mesmo, tem merecido a devida vénia por onde tem passado ao longo dos anos (os próprios Nirvana confessavam-se profundamente influenciados por eles).
Formados em Boston, Massachusetts, em 1986, os Pixies (nome escolhido pela fonética quase ao acaso no dicionário de inglês) separaram-se em 1993 por divergências várias mas voltaram a juntar-se em 2004. Lisboa tem estado na rota do grupo e esta noite, em Lisboa, Black Francis, Joey Santiago, David Lovering e Paz Lenchantin prometem reavivar memórias antigas. A presente digressão, que marca o regresso da banda à estrada após dois anos de pausa, teve início no Reino Unido, e contempla a passagem por 33 cidades e 16 países.