Correio da Manha - Boa Onda

A banda que salvou o rock alternativ­o

BLACK FRANCIS, JOEY SANTIAGO, DAVID LOVERING E PAZ LENCHANTIN SOBEM ESTA NOITE AO PALCO DO CAMPO PEQUENO PARA APRESENTAR­EM O ÚLTIMO DISCO

- POR MIGUEL AZEVEDO

Improvisar consoante o ambiente da sala e do público. É esta a promessa deixada por David Lovering, o baterista dos Pixies, para o espetáculo desta noite no Campo Pequeno, em Lisboa. “O melhor é quando conseguimo­s sentir qual deve ser a próxima música com base na atmosfera da sala. É realmente, em última análise, o que estamos à procura com esta nova digressão: ler a sala e poder fazer a escolha certa”, explica. Para ouvir está o novo álbum, ‘Beneath the Eyrie’, lançado no passado mês de setembro, mas também alguns dos temas mais emblemátic­os da carreira do grupo, com muitas incursões pelo passado.

Misturando os elementos básicos e abrasivos do punk rock e do noisy guitar com a suavidade da música pop, os Pixies são uma das bandas mais originais e influentes a terem surgido nos anos 80. É também uma das que mais contribuiu para o renascimen­to do circuito de rock alternativ­o norte-americano e, por isso mesmo, tem merecido a devida vénia por onde tem passado ao longo dos anos (os próprios Nirvana confessava­m-se profundame­nte influencia­dos por eles).

Formados em Boston, Massachuse­tts, em 1986, os Pixies (nome escolhido pela fonética quase ao acaso no dicionário de inglês) separaram-se em 1993 por divergênci­as várias mas voltaram a juntar-se em 2004. Lisboa tem estado na rota do grupo e esta noite, em Lisboa, Black Francis, Joey Santiago, David Lovering e Paz Lenchantin prometem reavivar memórias antigas. A presente digressão, que marca o regresso da banda à estrada após dois anos de pausa, teve início no Reino Unido, e contempla a passagem por 33 cidades e 16 países.

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