Feira com História é aposta de futuro
O CERTAME TEVE ORIGEM NO SÉCULO XVIII. O MARQUÊS DE POMBAL PROMOVEU CONCURSOS HÍPICOS E COMPETIÇÕES DE RAÇAS
Ocavalo, o touro bravo e o campino são ex-líbris de uma vila situada no coração de Portugal, entre os rios Tejo e Almonda. A par da localização, a Golegã – os autores divergem quanto à altura da sua origem, no tempo de D. Afonso Henriques ou de D. Sancho I – sempre foi reconhecida pelo solo fértil, uma característica que chamou o povo.
A Feira da Golegã teve o seu início em meados do século XVIII e com esse nome perdurou até 1972, ano em que passou a denominar-se Feira Nacional do Cavalo.
Com o Marquês de Pombal, o certame começou a tomar um importante cariz competitivo, com a realização de concursos hípicos e competições de raças. Era ali que os melhores criadores de gado se concentravam e faziam os seus negócios.
No século XIX a localidade ganhou outra dimensão, para a qual contribuíram as figuras de dois agricultores e estadistas; trata-se de Carlos Relvas, fidalgo da Casa Real, e José Relvas, seu filho, ligado à causa republicana, ministro das Finanças e reconhecido artista.
A Golegã passou há muito a ser reconhecida e designada como a Capital do Cavalo. A castiça Feira Nacional recebe todos os anos os criadores e os seus exemplares, e ali são transacionados os melhores puro-sangue. A maior feira do género conquista em cada ano mais aficionados provenientes das diversas partes do Mundo.
A arte equestre, a criação de cavalos e de touros bravos, a cultura, a rica gastronomia e o artesanato são fatores de sobra para uma visita demorada a esta terra ribatejana.