Um ano em revista
No ano em que o IVA baixou para os espetáculos (mas não para todos), os Xutos & Pontapés comemoraram 40 anos de carreira a dar no duro; Carlos do Carmo despediu-se dos palcos no Coliseu de Lisboa, Stereossauro gravou provavelmente um dos melhores e mais ambiciosos discos do ano fundindo fado e eletrónica; os Ornatos Violeta voltaram à estrada com o 'Monstro Precisa de Amigos' vinte anos depois; Roberto Leal e José Mário Branco deixaram-nos mais pobres; os Da Weasel anunciaram o regresso para 2020 para o festival Nos Alive; Álvaro Covões comprou o Campo Pequeno juntamente com um fundo liderado por António Pires de Lima; Portugal viu o polémico documentário que prova Michael Jackson como pedófilo; Conan Osíris deixou o País de boca aberta ao ganhar o Festival da Canção com um tema que gerou amores e ódios; José Cid ganhou um Grammy de carreira e deu 'banho de bola' em Las Vegas; Ed Sheeran encheu dois estádios da Luz; o rapper Valete andou pegado com 'meio mundo', de Sónia Tavares a Fernanda Câncio, a qual ameaçou e chamou "feminista burguesa", Billie Eilish visitou-nos pela primeira vez e confirmou o estatuto de estrela maior com apenas 17 anos (a cantora viria a confessar que a primeira memória com que vai ficar do primeiro dia da entrada em Portugal, no entanto, foi de lhe ter aparecido o período), Madonna esteve em guerra com o presidente da Câmara de Sintra por causa de um cavalo, Camané e Mário Laginha gravaram juntos pela primeira vez, Aldina Duarte assinalou 25 anos de percurso com um disco a que 'fugia' desde o início da carreira, Aurea e Marisa Liz decidiram unir as vozes e o País mais conservador teve de aprender a lidar com um tal de 'fado bicha'. Para o ano há mais.
JOSÉ CID GANHOU UM GRAMMY E DEU `BANHO DE BOLA' EM LAS VEGAS